
Ilustração: Benjamim Cafalli
IA: o perigo não é a ferramenta. É como e quem usa.

O perigo não está na ferramenta…
… e sim nas pessoas e no que fazem com ela. O tema mais discutido e preocupante de uns tempos para cá é a Inteligência Artificial. Ela, bem usada para fins técnicos, tem se mostrado eficiente em várias áreas, principalmente na Medicina.
O problema começa no momento em que as pessoas a usam sem saber com o que estão lidando, como é que ela funciona, o que é algoritmo, seu “combustível” matemático. Ou para o mal.
Ela não “pensa”, é uma caçadora do que já existe, e como todos que caçam, erram o alvo.
Pesquisando a respeito de mim com o uso de IA encontrei uma pérola: “Cacalo Kfouri é engenheiro, mas não se formou”. Fiquei tentado a ir buscar meu registro no Crea. Sim, cursei Engenharia Eletrônica na Faculdade de Engenharia Industrial de 1968 a 1972, mas pulei fora antes de me formar, não era minha praia.
Dia desses, ao corrigir uma nota a respeito de funk naquele brogue – o do Ancelmo Gois – deparei-me com uma expressão, PT das Crias, que não fazia ideia do que significava. Fui ao Google e a resposta veio por IA:
Visão geral criada por IA
“pt das crias” provavelmente se refere à Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) do Ministério da Saúde do Brasil. Essa política tem como objetivo promover e proteger a saúde infantil desde a gestação até os 9 anos de idade, com foco na primeira infância.
Pois é… Como o discernimento está em falta, haverá certamente quem vai tomar como verdade. Resumo da ópera, continuo sem saber do que se trata.
As respostas erradas podem ser facilmente ignoradas acordando-se Tico e Teco e fazendo pesquisas em fontes confiáveis.
Mas, sempre ela, a adversativa, há os que usam a IA para enganar. E estão conseguindo seus objetivos. Criam vídeos com falsificações quase perfeitas de pessoas famosas fazendo declarações ou recomendando produtos ou tratamentos médicos. Exemplo recente foi o que fizeram com o doutor Drauzio Varella, que teve de recorrer à Justiça para que plataformas fossem obrigadas a tirar do ar vídeos falsos.
A situação é tão perigosa que uma agência de publicidade, a DM9, resolveu criar um comitê interno de Ética para tratar do uso de IA na criação de publicidade. Isso em razão dos problemas acontecidos no Cannes Lions, que premia anúncios. A agência foi acusada de ter manipulado um vídeo apresentado ao júri do festival para aumentar a repercussão de uma campanha que tratou da eficiência energética de eletrodomésticos da marca Consul. A peça ganhou o Gran Prix do festival na categoria Creative Data.
O fundamental para a proteção contra os eventuais – e muito prováveis – malefícios da IA está no fato de as pessoas têm de levar em consideração que se trata de uma ferramenta, não é gente, não é companhia, não é conselheira. Se isso não acontecer haverá repetição do caso relatado no “”Mirando” na terça-feira. O do Fulano que resolveu conversar com o ChatGPT e quase endoidou: “Foi se entregando, oferecendo dados de sua vida, suas crises, suas dificuldades. Passou a achar que tinha uma doença mental. A situação chegou ao ponto de passar a acreditar que seria capaz de distorcer a realidade. “Se eu fosse ao topo do prédio de 19 andares em que estou e acreditasse com cada grama de minha alma que poderia pular e voar, eu o faria?”, perguntou ao ChatGPT. A resposta: se ele acreditasse de verdade, poderia voar.”.
Em 1968, o cineasta Stanley Kubrick, usando como roteiro o conto “The Sentinel”, de Arthur C. Clark, dirigiu o filme “2001 – Uma Odisseia no Espaço”.
Mostra a nave espacial Discovery One a caminho de Júpiter. Os astronautas são auxiliados por um supercomputador, o HAL 9000 – notar que cada letra é a que antecede as de IBM. Tudo caminhava bem até que a máquina – uma antecipação da IA – resolveu agir por conta própria. Ao receber uma instrução de um dos tripulantes, respondeu “Desculpe, Dave, receio não poder fazer isso.”. E começa a bagunçar o coreto, situação que só é resolvida quando os tripulantes começam a desconfiar do computador e um deles faz com que a memória dele volte a um tempo anterior à rebeldia.
Desconfiar sempre é a chave!
Do colunista Wilson Gomes (“Folha de S.Paulo”):
“Impressiona também a convicção generalizada de que tais problemas não podem ser enfrentados sem um novo marco legal. Isso se explica em parte por uma mentalidade muito brasileira: de um lado, uma paixão por criar leis; de outro, uma prática sistemática de burlá-las.”.
Paralamentares paralamentaram de novo!
Dizem-se representantes do povo, mas votaram contra o povo. Cinquenta e oito por cento se disseram contra o aumento do número de deputados, mas eles aprovaram! Resultará em um aumentozinho de R$ 64 mi ao ano custos e em um imprevisível de emendas Pix.
Mas como costuma dizer o “Mirando”, e disse ontem o colunista Hélio Schwartsman (FSP), “O Congresso é ruim, mas foram os eleitores que escolheram os deputados e senadores que aí estão.”.
Completa com uma previsão do deputado federal Ulysses Guimarães (presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988): “E ainda acredito na profecia atribuída a Ulysses Guimarães, segundo a qual quem considera ruim a atual composição do Parlamento deve esperar pela próxima, porque ela será com certeza ainda pior.”.
Lei Cidade Limpa desfigurada
A Câmara Municipal paulistana aprovou um projeto que permite a volta de painéis publicitários em lugares públicos da cidade. O estrago –pode não ser sancionado pelo alcaide – é de autoria de uma aliado do prefeito e que porta o mesmo sobrenome apesar de não serem parentes, Rubinho – o diminutivo já diz tudo – Nunes.
Existe uma velha pergunta em Latim que até agora não foi feita: “Quid prodest(?)”.
Diz muito a respeito de quem é eleito, não?
“Investigação encontra 858 milionários no Universidade Gratuita em SC. Programa do estado é voltado a quem não pode bancar cursos com a própria renda”
Dúvida nas redes
O uso de canetas emagrecedoras – Ozempic, Mounjaro e similares – fazem o piu-piu aumentar?
Não, é que com o encolhimento da pança o dono passa a enxergá-lo…
No SP1
O pessoal não “sabem” que temperatura no plural só de 2ºC pra cima. Foi um tal de 1,2 graus, 0,1 graus…
Que canseira!
A “Folha” dá um trabalhão nas correções, o “Estadãozinho” é mais bonzinho. Nele é possível fazer “copia e cola” direto na versão digital. Na “Folha”, não. Há que procurar o texto a ser corrigido por meio do Google no portal para copiar e apontar os erros. E muitas vezes tenho de reescrever o título da matéria pra ficar igual ao no impresso, mudam.“Não basta errar, é preciso dificultar!”… “Estadãozinho”, versão impressa, leitura mais atenta. “Folha”, versão digital, vai escapar erro.
(CACALO KFOURI)
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Copiadas da Folha
PAINEL DO LEITOR
“Pecuaristas querem que Bolsonaro abra logo mão de candidatura e apostam fichas em Tarcísio” (Política, 24/6). Corretos. Quem produz pode e deve opinar.
Sem dúvida, pecuarista é especialista em gado…
Bolsonarista pede no Congresso dos EUA sanções a Moraes em 30 dias, em nova investida contra ministro
O ex-comentarista da Jovem Pan Paulo Figueiredo pediu nesta terça-feira (24) à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos que recomende sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), em 30 dias.
Trata-se de um “patriota” neto de um dos ditadores militares, João Baptista Figueiredo, aquele que declarou preferir “cheiro de cavalo” ao “cheiro do povo”.
Será que preferiria o de gado também?
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Copiadas do Estadãozinho
Coluna do Estadão
- PRODUTOS. O Brasil exporta sobretudo soja e milho ao Irã e importa fertilizantes, em especial Ureia(?).
(?) Aprendeu com os Caixas daquele brogue, escriba? Baixa aí.
Lula e aliados terão mais cadeiras ‘em risco’ no Senado em 2026
Levantamento mostra que, das 54 vagas em disputa, (52% é)(!!!) de senadores governistas; 28% da oposição e 20% de ‘flutuantes’
(!!!) Viva! O brogue invadiu mesmo a redação! São, cara-pálida, são!
Kimi Antonelli, piloto promissor e aluno aplicado
Alessandra disse que era comum Antonelli, quando estava viajando, ligar para ela ou enviar e-mails com dúvidas sobre matérias e muitas vezes, ao retornar à Itália, ia direto do aeroporto à escola, para assistir as(XXX) aulas.
(XXX) Já você matou, né, escriba? Às aulas, viste?
Um disco de jazz, candomblé e capoeira, regado a muito uísque
“Quis trazer um grande arco da música popular para mostrar o que influencia o disco e todo o legado que ele deixou para a música brasileira. É curioso que ele (!!!) teve grande impacto quando foi lançado, mas o tempo o consagrou”, diz Domingos.
(!!!) Não, escriba, o que o entrevistado disse foi que ele NÃO teve, mas o tempo o consagrou. Não notou o “mas”?
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Copiadas do Blog do Ancelmo Gois
legenda
jefe: Ancelmo Gois
miss Caixa/mistake/miss Crase: Fernanda Pontes
errador/mister Crase/mister Caixa: Nelson Lima Neto
Por que continuar lendo o blog se tem tanto erro e dá tanto trabalho? É que, apesar da decadência do texto, continua sendo uma boa fonte de informações. Fiquei em dúvida em vista de uma grande mancada recente. Vou começar a checar. De qualquer maneira, qual seria o sentido de fazer o “Mirando” sem alvo?Pra mode de agilizar a publicação das barbaridades e gastar menos tempo, foram criados grupos por cara-pálida. Neles estarão somente as frases com os erros.É evidente que muitos dos erros que aparecem nos títulos, mas não nos textos, são cometidos por quem publica as notas. De qualquer forma, a responsabilidade é dos autores, devem fiscalizar o produto final, no Jornalismo não deve e não pode valer o triste “caiu na rede, é peixe”. No caso, nem olham o que pescaram.
Como parece que é norma, determinação, no blog escrever errado os nomes de livros, filmes, peças teatrais, novelas, programas de TV e eventos, baixando-lhes as caixas, os erros não serão mais apontados, é chover no molhado. Apareceu um nome? Tá errado!
Lembrete: o “Mirando” desistiu de apontar o emprego errado de pronomes demonstrativos. Eles são semianarfas convictos.
Ah, a santa é a Inhorância, padroeira deles.
Cantinho del jefe
Cantinho do errador/Mister Crase e Caixa
Cantinho da mistake/miss Caixa/miss Crase
Não deu tempo para a prazerosa e educativa leitura.
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