Implicâncias

Ilustração: Benjamim Cafalli

Implicâncias
Ilustração: Benjamim Cafalli

A Imprensa é uma… mãe! Quanto material fornecido para a estreia!

Certas publicações têm marcas registradas. Uma é desrespeitar a grafia de nomes das pessoas como norma. No quesito há um empate entre o “Estadãozinho” e “O blog do Ancelmo Gois”. As duas sempre acentuam o primeiro “i” de Cecilia, a grande poetisa Meireles, ao se referirem à sala que leva seu nome. O mesmo erro é cometido em relação ao Sergio do ex-tudo agora senador Moro, lascam um sinal no “e”. Outra acentuação errada habitual dos escribas de um e outro é em Getulio, o Vargas, na FGV. Desatentos no caso do jornal, prepotentes também , não notam que não tem e desconhecem o velho chiste, “Na FGV, Getulio não tem acento nem assento.”.

No caso do jornal é interessante ressaltar que, uma vez cobrados a respeito de ambos os casos, a resposta foi que gramaticalmente é a forma correta de escrever. O cobrador espera há anos a resposta do porquê de o Julio “de um dos fundadores” Mesquita não ter ganho o ornamento no “u” até hoje.

Durante a semana, um escriba de lá mostrou que as dificuldades não se limitam ao idioma pátrio, o Inglês também atrapalha. Em uma matéria envolvendo Estrumpício/Estrampício o cara-pálida embananou-se todo. Traduziu errado o que o ogro disse durante a campanha presidencial: “Antes de ser eleito para seu segundo mandato, o republicano havia declarado durante a campanha que planejava ser um ditador desde o primeiro dia no cargo”. Não foi isso, translator. O entrevistador perguntou se ele pretendia ser um ditador: “Você não vai ser um ditador, vai?” Ele respondeu: “Não, não, não, exceto no primeiro dia.”. Que dicionário estranho, nele desde e exceto são sinônimos…

No caso do brogue ocorrem situações inexplicáveis. Afinal, ele faz parte do mesmo grupo de “O Globo”, da TV Idem, do g1 etc. e seus partícipes se esmeram em escrever, quase sempre errado, os nomes de novelas e programas da casa. Isso quando não escrevem errado e certo na mesma nota. É o caso, por exemplo, dos nomes da novela “Vale Tudo”, uma hora é “Vale tudo”, outra é “Vale Tudo”. Ou seja, vale tudo. Aforamente a mancada constante da mistake (legenda no fim do texto conta quem é quem), que confunde o símbolo de metro – m – com o de minuto – min – e sempre escreve XhYm… No relógio dela dever existir uma trena… O certo é XhYmin…

Um erro que se repete é este cometido em texto no g1: “Segundo a Polícia Federal de Niterói, ele também ostenta outros títulos”. Os caras-pálidas, parece, não sabem que federal refere-se a país e não a estados e municípios. PF em algum lugar, caramba. Menos na capital federal, hein? Nela é de, tá bom?

Um detalhe nas novas não tão novas regras gramaticais, afinal vigem desde 2009, que causa grandes dores de cabeça aos escribas é como escrever as siglas. Grande parte – é inadequado usar boa, pois se assim fosse a parte não erraria tanto – desconhece que se a dita-cuja tiver três letras todas vão em caixa-alta; se tiver mais de e der leitura direta, Sabesp, por exemplo, a primeira vai em alta e as seguintes em baixa. No “Estadãozinho”, dias desses, foi publicado um “Bndes”. Estou há dias tentando pronunciar lendo sem ser letra por letra, mas engasgo e não consigo. BNDES, escriba.

Este aqui, do “Estadãozinho”, trata de um assunto que desconhece e não se informa antes de escrever. Conta para os leitores que o tradicional restaurante localizado no Brooklin, bairro paulistano, Jucalemão, tem mais de 40 anos. Sim, sem dúvida, tem, vou lá faz 52… Esqueceu-se de contar que o restaurante funciona em dois endereços. O no endereço ao qual foi é filial.

Informa também que nele servem “o páprica schnitzel (R$ 89,90), um delicioso filé de mignon suíno grelhado”!!! Filé “de” mignon nem o chef Claude Troisgros, fã da “noz de moscada”, fala. E é com filé-mignon bovino grelhado, cara-pálida. Ele também misturou muuus com oincs. Existe o wiener schnitzel, que “possui”, copiando alguns sofisticados escribas, duas versões, com filé-mignon bovino e com filé de lombo porcino, ambas à milanesa.

Possuir é um verbo constantemente mal usado por escribas que se “acham”, ter é vulgar para eles, que desconhecem a força das palavras. Não demora um vai escrever que “Fulano possui uma gripe.”.

As suspeitas, ah, as suspeitas… O que tem de Tico e Teco em coma em relação a elas é suficiente para esgotar a capacidade de um HD. A implicância da vez será com uma publicada no g1.

“Trump demitiu Cook por meio de carta publicada nas redes sociais. O presidente afirmou que a demissão foi motivada por “justa causa” e tinha “efeito imediato”. Ele acusou Lisa de fraude em um financiamento imobiliário ao, supostamente, ter falsificado documentos para conseguir condições favoráveis em um empréstimo imobiliário.

Barrabás, o ogro afirmou, disse que há justa causa, acusou de fraude por ter suspostamente falsificado??? Escriba, pode ser mentira, e tudo indica que é, mas ele não levantou suposição alguma, ele afirmou, caramba! Afirmação, suposição, teria e terians, são como água e óleo, imiscíveis. É tão difícil assim entender?

Para finalizar a edição inaugural, duas contribuições da TV.

Esta foi enviada pelo ex-colega da Guia Rural, Alex Branco, o Dragão!:

O comandante do avião evitou um desastre, já o responsável pelo gerador de caracteres causou dois: colide-se com, não em. E, pior, faz avião fazer??? Uau! Obriga avião a fazer serve pra você, errânico digitante?

Agora, a contribuição do Carlucho, irmão da Marli, a Única:

Que muderno! Em que plataforma será que a “bloqueirinha” publica os transtornos que cria?

Antigamente queda de guindaste bloqueava… Bloqueia, gerante desastroso!  E, pra ser preciso, GUINDASTE DE UMA OBRA CAI NA RUA…

(CACALO KFOURI)

 * Legendas para “O blog do Ancelmo Gois”
 Jefe: ele.
Errador, Mister Caixa, Mister Crase: o editor Nelson Lima Neto
Mistake, Miss Caixa, Miss Crase: a editora Fernanda Pontes

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