Supostos suspeitos “teriam” deixado nosso colunista mais uma vez muito irritado. Canetada do Cacalo.

maobobaSuspeito, suposto, suposto suspeito… Suspeito que esteja sendo feita uma confusão entre o termo jurídico e o uso comum da palavra. Como é possível que um leitor entenda que uma pessoa presa em flagrante, que trocou tiros com a polícia, estava dentro do carro que roubou, seja tratada como “suspeito”? Até a TV Globo, que, em geral, estabelece padrões de comportamento e é cuidadosa, chama de bandido, criminoso, ladrão. Mas, nos jornais, principalmente no jornal O Estado de S. Paulo, é um festival de suspeito, suposto, teria, mesmo que haja prisão em flagrante, com testemunhas ou um declarante em depoimento afirme. A “vítima” da declaração pode até ser inocente, não ter nada a ver com o assunto, porém, pro declarante, fez o malfeito, ele não diz teria feito, ele diz fez. Então, ao reproduzir a fala de quem denuncia, tudo tem de ser sem filigranas, problema dele se for mentira. Veja isto no Estadão: O agricultor Cássio Chebabi, presidente da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) – investigada por suposta(???) fraude na venda de produtos para merenda escolar – apontou à força-tarefa da Operação Alba Branca os nomes do presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), e do secretário estadual de Transportes, Duarte Nogueira, como supostos(???) beneficiários de propina de 10% sobre contratos da Secretaria de Estado da Educação no governo Geraldo Alckmin (PSDB).

A investigação é por fraude, não por suposta fraude. O presidente da Coaf confirma a fraude, dá os nomes dos beneficiários da fraude, então, para ele, não são supostos. Pode ser mentira, Capez e Nogueira podem não ter nada a ver com o pato, mas o agricultor diz que têm, para ele não são supostos. Este é o ponto. Sobre o mesmo assunto, recomendo a leitura da matéria na pg. A8 da Folha de 27/1, é notável a diferença de tratamento.

O Estadão, no seu contumaz hábito de não respeitar a grafia oficial de nomes, acrescentou à lista Sérgio, de Sergio Moro, que não tem acento. Mas, Julio, na capa, não acentuam. Sejam, ao menos coerentes, se é pra avacalhar, que seja geral. Mas, no caso, falta coragem, né mermo?

A edição do jornalão anda tão ruim, que um cronista amigo pede “Não mexam no meu texto, sei errar sozinho!”.

Perguntinha: é democrático que meia dúzia de gatos pingados paralisem o trânsito e prejudiquem milhões de pessoas? E é inteligente fazer isso?

Veja só o que faz o acaso, é sobre o Conselhão de Dilma:

No Estadão: Pastel de vento
Na Folha: Conselhão de Dilma se tornou, em vez de foro, pastel de vento

Já eu, devido à presença de Wagner Moura, digo que é fita…UNPAN-survey-gif

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No Yahoo Notícias

Nevasca matou(!!!) 16 mortos(!!!) no leste dos Estados Unidos

(!!!) Que fria, hein? Mas a nevasca não quis ficar em dúvida, matou e matou de novo.

No Estadão

Pastel de vento

Chama (a)(*) atenção a ausência da assinatura

(*) Viram a novidade? O nome da ausência de assinatura é atenção…

Deu‘zika’ na Saúde

(…), mas o mosquito Aedes Aegypti(aegypti)(*)

(*) Não é ad libitum, é regulado por norma, o segundo nome é em minúsculas. Caramba, faz uns dez anos que o nome do bichinho é citado diariamente e não deu tempo de aprender???

Três são baleados após perseguição

Três adolescentes foram baleados após tentar fugir de perseguição policial, bater o carro e trocar tiros com PMs na frente do Aeroporto de Congonhas, na zona sul, na madrugada de ontem. O Hyundai HB20 conduzido pelos suspeitos(???), dois de 17 anos e um de 16, havia sido roubado no domingo, em Interlagos.

(???) Foi sobre isto que escrevi na abertura, dá pra acreditar, depois de tudo o que está narrado, suspeitos? Além disso, houve dezenas de testemunhas, não foi armação como, às vezes, acontece. A continuar assim o jornal ainda vai sair com a ressalva “O Estadão foi supostamente publicado hoje.”.

CORREÇÕES

(Ao contrário)(XXX)(Diferentemente)(*) do publicado na entrevista Novo consumidor exige um marketing de diálogo, no Estadão.Edu, o presidente da Associação Brasileira de Marketing Direto (Abemd) é Efraim Kapulski.

(*) Nomes não têm oposto, oh, lamentável escriba, são só diferentes.

600 pessoas por minuto buscam bolsa pelo Fies

Neste primeiro semestre do ano, serão oferecidas 250.279 vagas – número sutilmente (*) mais baixo do que o oferecido no mesmo período em 2015 (252,5 mil).

(*) Sutilmente, entre seus vários sentidos, significa de modo quase impalpável, mas “um pouco mais baixo” não seria mais inteligível?

Mariana: aparelho teria (*) indicado risco

Os piezômetros são equipamentos que medem a pressão que a água (pode exercer)(XXX)(exerce) dentro da barragem.

(*) Aqui cabe “teria”, pois há declarações conflitantes e o jornal não tem como saber qual a verdade para afirmar alguma coisa no título, é uma situação diferente daquelas que recheia com suposto.

Chico Buarque e Maria Bethânia emocionam Rio

(…), certa noite, se encontrou com Vinicius de Morais (XXX)(MoraEs)(*)

(*) Caramba, não sabem o nome do Poetinha? E por que não têm a modéstia de consultar? Que tal um pouco de respeito?

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Na Folha

Autoridades anunciam medidas anti-corrupção (anticorrupção)(*)

(*) No texto também está errado. Jornal algum está obrigado a acatar o (des)acordo ortográfico, só os órgãos oficiais (e erram pra burro), editoras de livros escolares e escolas estão, mas o que não pode é usar em uma página e não usar em outra.

Mundo ogro

A pizza de cheesebúrguer (???), por exemplo.(…). Por cima, cheesebúrgueres (???)

(???) Isto, além de não constar nos dicionários, não tem a menor lógica. Por que, então, não usar xisbúrguer? Cheese é palavra inglesa, que raio de palavra híbrida seria esta? Hambúrger está nos dicionários, inclusive no Volp. Devagar com as invenções, dizem que papel aceita tudo, mas não é bem assim.

Dilma nega que Brasil esteja perdendo batalha contra o Aedes aegypti

Obs.: – Tem um nome lindo para isto, nefelibata…

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No Twitter do Estadão

(print de  imagem da página de um tuiteiro que ficou abismado com o que viu):

kiss

Mein Got, mon Dieu, Dio mio, Dios mio, meu Deus, já vi coisa inadequada na minha vida, mas nunca tão como esta! Se isto é homenagem, imagino o que seria um repúdio. Deve ter uma nuvem estranha pairando sobre o prédio do Estadão, não tem outra explicação pra degringolação que acontece por lá.

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Dilma, em discurso na Celac

“Na região amazônica na América do Sul…”

Uau! Aonde mais tem uma??? E, além da pérola, acha que nós somos idiotas, que vamos acreditar no que disse, que o ministro da Saúde não disse o que disse quando disse que estamos perdendo a guerra pro mosquito (a repetição de disse é proposital de minha parte, é pra ressaltar o ridículo da fala).

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