Grêmio, o grande campeão. Coluna Mário Marinho

Grêmio, o grande campeão

COLUNA MÁRIO MARINHO

Foi uma decisão de título totalmente atípica, como ainda serão os próximos jogos do futebol brasileiro.

O tamanho da tragédia com a Chapecoense impede que homenagens, lembranças, orações e outras cerimônias nos leve a esquecer, tão cedo, o seu impacto.

No momento em que Grêmio e Atlético entravam em campo, na Arena do Grêmio, lá em Curitiba, onde seria disputada a decisão da Copa Sul-Americana (o campo da Chapecoense, Arena Condá, com apenas 20 mil lugares, foi considerado pequeno para a decisão) estava lotado de torcedores que não iriam ver um jogo, mas queriam participar do momento, levar seu apoio.

Assim, a tevê alternou imagens de emoção de Curitiba com Porto Alegre.

O melancólico som do “Toque de silêncio”, a mais bela, tocante e triste homenagem para essas ocasiões, calou os 50 mil torcedores da Arena do Grêmio, no mais pesado minutos de silêncio que já vi até hoje.

O peso do minuto de silêncio parece acompanhar o jogo. Era como se os jogadores tivessem dificuldade para cortar o denso silêncio.

Foi um jogo com poucos momentos, poucas jogadas de brilhantismo, de grande futebol.

Mas foi muito disputado.

O Grêmio, valendo-se da imensa vantagem que tinha (venceu o primeiro jogo por 3 a 1) se acautelou e campo. Do outro lado, menos técnico e mais raçudo, o Atlético procurou o gol adversário e chutou três vezes contra a meta de Marcelo Grohe, mas, sem muito perigo.

Na verdade, o melhor lance pertenceu ao Grêmio quando o infindável Douglas meteu espetacular passe de calcanhar para Gerson que só não marcou porque o goleiro Victor fez defesa espetacular.

No segundo tempo, o Grêmio voltou mais senhor de si, mais senhor da situação, enquanto o Galo brigava contra a falta de espaço e de tempo. O Grêmio se fechava, o relógio disparava.

Pois aos 43 minutos, Bolaños que havia acabado de entrar marcou e fez Grêmio 1 a 0.

Loucura total no estádio.

Eu comentava o jogo pela www.radiofutebolaovivo.com.br/, do meu amigo Jarbas Duarte, e me disse penalizado pela luta do Atlético. Comentei:

– Eu sempre defendi que campo de futebol não é Tribunal de Justiça, onde a Justiça está acima de tudo.

Mas estou com dó do Galo por toda a luta nestes 90 minutos. Bem que o jogo poderia terminar empatado: o Grêmio seria campeão com Justiça e o Atlético não perderia o jogo.

Foi quando a voz potente de Jarbas Duarte me interrompeu para narrar a jogada do esperto Juan Cazares, aos 46 minutos de jogo: gol do Atlético. E que golaço!!!!!!!!!!

A Justiça foi feita.

Veja os melhores momentos:

Com essa conquista, o Grêmio chega a cinco títulos da Copa do Brasil, passando o Cruzeiro que tem quatro.

Muito louco

Frase de Rogério Ceni ao ser apresentado como novo técnico do São Paulo:

“Numa mesma geração o cara ser goleiro e técnico é maluquice”.

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FOTO SOFIA MARINHO

Mario Marinho É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em livros do setor esportivo

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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