Não pintou o campeão, nem pintou novo Tite. Coluna Mário Marinho

Não pintou o campeão, nem pintou novo Tite

COLUNA MÁRIO MARINHO

A vitória do Corinthians sobre o São Paulo, neste domingo (11-06-2017) foi totalmente merecida. O Timão dominou seu adversário, criou e perdeu ainda mais chances de gols (além dos 3 a 2 do placar) e ainda teve momentos que lembraram a fase áurea sob o comando de Tite, com trocas de passes que pareciam não acabar mais, bola rolando de um lado para o outro e, de repente, o ataque que terminava na área adversária.

Foi o bastante para que a pesquisa feitas às segundas-feiras pelo DataPadaria, registrasse a euforia corintiana, não só pela vitória, mas pelos seis jogos invictos neste Brasileirão que levou corintianos a considerarem o técnico Fábio Carrille como um novo Tite.

– O time toca a bola como no tempo do Tite!, exclamava um.

Daí a chegar a um novo Tite não demorou mais do que um pingado e um pão com manteiga.

É compreensível a euforia no futebol, mas sempre é bom andar devagar com o andor, pois o santo nem sempre se segura.

Confesso que via o técnico Carrile com muitas reservas. Pareceu-me, sempre, um técnico conservador, pouco ousado e até mesmo medroso.

Mas, os bons resultados que o Corinthians tem conseguido são, sem dúvida alguma, resultado dos treinamentos que ele dá ao time. O time troca bola e, de repente, alguém aparece cara a cara com o goleiro.

Vejam no primeiro gol corintiano que Romero aparece livre de marcação.

Há 40 anos passados, Cláudio Coutinho, ex-preparador físico e capitão do Exército, assumiu o comando da Seleção Brasileira que iria disputar a Copa do Mundo de 1978, na Argentina.

O erudito técnico criou uma série de expressões para explicar as jogadas que queria. Uma delas foi o “Ponto futuro”. Isso queria dizer que a bola não deveria ser lançada para um jogador, mas para um ponto onde ele deveria chegar. É o que vimos nessa jogada em que Romero aparece livre.

Veja o lance e os gols do Corinthians:

Outro mérito de Carrile é fazer do Jô mais do que um artilheiro, um ótimo jogador. Jô, com se sabe, é um jogador limitado tecnicamente. Porém, ultimamente, vem participando muito mais do jogo – não fica apenas à espera da bola que lhe chega aos pés.

Sim, o Corinthians está bem. Mas, cautela, amigos, o Brasileirão está apenas começando.

A torcida
comparece

O Corinthians é o líder do Brasileirão com 16 pontos em 18 disputados (venceu cinco e empatou um). E sua torcida continua em lua de mel com o amado Itaquerão.

Em três jogos com em seu estádio, teve média de público de 38.027 torcedores; em segundo lugar vem o Palmeiras cuja torcida também ama a sua Arena, com a média de 33.577 pagantes.

A menor média de público é da Ponte Preta com apenas 4.215 torcedores em seu estádio, o Moisés Lucarelli.

Os três maiores públicos, até agora, foram:

1 – Flamengo 1 x 1 Atlético, 42.575 pagantes, no Maracanã.
2 – Corinthians 3 x 2 São Paulo, 42.443 pagantes, Itaquera.
3 – Corinthians 2 x 0 Santos, 40.169 pagantes, em Itaquera.

Veja os gols
do Fantástico

https://youtu.be/rfs-gvWTe5g

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FOTO SOFIA MARINHO

Mario Marinho É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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