Gols e lágrimas. Coluna Mário Marinho

Gols e Lágrimas

COLUNA MÁRIO MARINHO

Gols e lágrimas convivem no futebol assim como carne e unha, ou como aquela dupla sertaneja chamada “Céu da boca e dentadura”.

Estão sempre juntos.

No fim de semana, tivemos momentos doces e salgados para a livre escolha do torcedor.

No jogo mais visto do mundo neste sábado, o Real Madri levantou pela 13ª vez a taça da Champions.

O primeiro tempo do jogo transcorreu calmo e correto como um baile de formatura em colégio interno de freiras. Parecia tudo combinadinho e pacato.

Até que veio o segundo tempo.

Logo aos cinco minutos, o goleiro alemão do Liverpool, Karius, foi fazer a reposição da bola em jogo e a mandou nas pernas de Benemza e dali para o gol.

Real 1 a 0. O baile ficou animado.

Cinco minutos depois, Sadio Mane empatou e foi como se os Rolling Stones substituíssem Ray Coniff naquele baile: pegou fogo.

Mas, craque Bale que, inexplicavelmente estava no banco, entrou no baile, digo,  no campo, e aumentou o volume do jogo com dois gols. Final, Real 3 a 1 e a Orelhuda novamente.

Como se verá no vídeo abaixo, mais do que uma falha técnica, o primeiro gol do Real nasceu de total desatenção do goleiro Karius. Desatenção fatal.

No terceiro gol do jogo, marcado também por Bale, o goleirão falhou feio, foi um frangaço, o popular mão de alface. Não se pode ir com as mãos tão moles em uma bola daquelas.

Não houve violência no chute de Bales, mas total displicência do goleiro.

Aliás, por falar em violência, foi ridícula a insistência do Galvão, Casagrande e Júnior em criminalizar a entrada de Sergio Ramos em Salah.

Sequer foi uma falta violenta. Os dois se enrolaram, um agarrando o braço do outro e o atacante do Liverpool acabou levando a pior acidentalmente.

Aliás, pena para aquele jogo e pena para a Copa do Mundo já que, parece, ele será operado e ficará de fora da Rússia.

Vejam as duas falhas do goleiro.

https://youtu.be/XcbumioBVYY

Em Porto Alegre, o Corinthians estava prestes a terminar o jogo contra o Inter com um bom resultado: 1 a 1.

Foi quando numa jogada simples, sem maiores dificuldades, a bola sobrou para o jovem Mantuan. Ele tentou fazer bonitinho, uma jogada de efeito, acabou escorregando e a bola sobrou para Rossi que marcou o gol da vitória aos 46 minutos do segundo tempo.

É uma falha diferente das falhas do goleiro Karius.

Mas foi, sim, uma falha. E importante porque custou a vitória ao Corinthians.

O jovem Mantuan precisa aprender ainda algumas lições: não se brinca coma bola à frente da área em momento algum, principalmente nos minutos finais. Nesta hora, joga-se o arroz com feijão, nada de invenções, nada de esnobismos.

Como diz o sábio Tite, zagueiro tem saber zagueirar. E no minuto final do jogo, a jogada mais bonita que o zagueiro pode fazer é exatamente zagueirar.

Vejam a falha de Montuan que saiu de campo às lágrimas.

Agora, pura diversão. Vejam falhas incríveis de goleiros.

Jota
Hawilla

Há cerca de três décadas entrei pela primeira vez no escritório da Traffic para uma reunião com o J Hawilla.

Quem me atendeu foi a jovem Izabel Lima, secretária do Hawilla. Passaram-se cerca de 30 anos e lá continuou trabalhando Izabel, tornando-se pessoa de estrita confiança do Hawilla.

Depois de tanto tempo, de tão bons e competentes serviços prestado, Izabel tornou-se praticamente pessoa da família.

Recebi dela o e-mail abaixo, a propósito da coluna que publiquei no último sábado, 26/05/2018:(clique para ler)

“Boa noite, Mário.

Uma correção a pedido da família: o Sr Hawilla NUNCA ficou em prisão domiciliar durante todo o período em que esteve nos Estados Unidos.

Grata.

Abraços.

Izabel Lima”

Corrupto?
Quem?

Tá certo: os políticos são corruptos, ladrões, safados.

Mas, me responda: o que dizer do cidadão dono de posto de combustível que aproveita o caos e passa a gasolina a R$ 10,00? E o produtor de banana que vendia a dúzia da nanica por R$ 4,00 e no dia seguinte está vendendo a R$ 11,00? E o cara do Ceasa que vendia o saco de batatas de 50 quilos a R$ 60,00 e pula para R$ 400,00?

Será que alguns desses, se tivessem oportunidade, também não fariam aquela corridinha ridícula carregando R$ 500 mil na mala? Ou quem sabe não levariam, numa boa, um papo com o mega empresário, também mega corruptor e pediria uma merreca de R$ 2 milhões.

Ou, por que não, R$ 51 milhões no apartamento?

O que você acha?

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FOTO SOFIA MARINHO

Mario Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
 (DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS 
NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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