E Los Hermanos passaram. Coluna Mário Marinho. Especial Copa do Mundo

COPA DO MUNDO – ESPECIAL

 

E Los Hermanos passaram

COLUNA MÁRIO MARINHO

Pareceu até que a Argentina passaria com muita facilidade pela Nigéria.

Os comandados de Mascherano e Messi entraram em campo mostrando toda a vontade e raça características dos jogadores argentinos.

Por seu lado, a Nigéria procurou se defender, já que o empate a classificaria, adotando a perigosa estratégia de chamar o inimigo para sua sala.

Acompanhando o crescimento de seus companheiros, Messi foi outro em campo. Procurou o drible, partiu para cima do adversário.

Tanto fez que aos 14 minutos marcou o primeiro gol da Argentina, em jogada puramente individual.

Mas, logo no começo do segundo tempo, Moses, cobrando pênalti, empatou o jogo.

O pênalti foi cometido por Mascherano que abraçou o atacante nigeriano com a mesma vontade, o mesmo ímpeto, o mesmo desejo que um dançarino de tango abraça sua parceira.

Com o empate, a Nigéria tomou um pouco mais e coragem, enquanto a Argentina desandou.

Porém, a diferença técnica entre um e outro é quilométrica.

E, ao finalzinho, quadrado desceu pela direita e cruzou para a entrada decisiva do zagueiro Rojo que fez o gol da vitória. Um golaço!

Assim, a Argentina coloca um pouco de água na fervura de seu ambiente em crise.

Bom para a Copa, bom para o futebol que um craque como Messi continue na Copa.

Pelo menos até sábado.

Com era de se esperar, a Croácia também se classificou no Grupo.

França e Dinamarca também conseguiram sua classificação num tremendo e bocejante jogo de compadre.

O empate dava à França a liderança do grupo, pois já estava classificada. E serviu também para classificar a Dinamarca. Então, o que aconteceu: deu empate.

O que

Vem do céu…

…é Deus quem manda, diz o velho ditado.

Mas, no jogo desta quarta-feira, o que vem do céu pode ser muito perigoso para a Seleção Brasileira.

Nos últimos seis jogos, a Seleção comandada por Tite levou quatro gols de bolas cruzadas.

Agora, imagine contra a Sérvia que tem média de altura 10 centímetros acima da média brasileira (tomando-se como base as escalações dos dois times no último jogo).

Temos deficiência nesse tipo de jogada. A Sérvia faz dela sua especialidade. Daí…

Daí, que corremos sérios riscos no jogo desta tarde.

A Sérvia não é um time de bobão, nem de perna de pau. É um time de razoável técnica e de muita aplicação tática.

Para o bem ou para o mal, Tite vai repetir o mesmo time que começou contra a Costa Rica.

Deixará no banco jogadores que entraram conta a Costa Rica e foram bem, como o caso de Firmino e Fernandinho. Douglas Costa, que também foi muito bem, não poderá jogar por estar contundido.

Talvez, repito: talvez, manter William na direita seja uma boa.

Ele é um bom jogador, mas não vem jogando nada. Mas, como foi substituído no último jogo – ou seja: a água bateu na bunda – pode ser que a sacudidela mexa com seus brios. Tomara.

Cala

Boca, Ministro

O ministro brasileiro do Turismo, Vinicius Lummertz, que se encontra na Rússia, perdeu excelente chance de ficar calado.

Ao ser perguntado sobre as ações de alguns brasileiros que gravam vídeos com adolescentes russas falando palavrões em português ou com alusões à vagina, o ministro considerou tudo normal.

– Não morreu ninguém. Não entendo por que esse escândalo, disse ele entre a candura e a tremenda cara de pau.

O ministro acha que nós brasileiros que condenamos essa atitude de alguns maus cidadãos estamos exagerando.

– São apenas alguns no universo de uns 70 mil brasileiros que estão aqui na Rússia. Deveriam se preocupar mais com os 60 mil que morrem de morte violenta no País.

Fica caladinho, ministro. 60 mil também são apenas alguns dentre o universo de mais de 200 milhões de brasileiros.

E nós, que nos indignamos com essa atitude boçal, babaca de alguns brasileiros, também nos indignamos com as mortes violentas em nosso País.

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FOTO SOFIA MARINHO
MARIO MARINHO, Copa do Mundo Especial CHUMBOGORDO
Mario Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
 NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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