Ainda o IPEA

Carta de alguns funcionários da instituição ao presidente do IPEA

Os abaixo-assinados, técnicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), sentimo-nos na obrigação de manifestar nossa perplexidade e desacordo com a orientação e os critérios adotados na elaboração das provas escritas, em particular nas questões ditas “objetivas”, do concurso para o preenchimento de vagas do quadro técnico do IPEA que atualmente se realiza.

Essa manifestação justifica-se por nossa apreensão com as conseqüências que a seleção de candidatos com base em questões eivadas de problemas de sintaxe gramatical e lógica, bem como de nível inadequado para a escolha de técnicos de formação superior, poderá acarretar para a qualidade dos pesquisadores admitidos, comprometendo portanto a capacidade futura do IPEA de realizar os estudos e as pesquisas requeridas para o planejamento do desenvolvimento brasileiro no longo prazo.

Em termos mais precisos, nossas restrições à formulação da prova radicam-se nos seguintes aspectos:

1. Grande número das questões ditas “objetivas” consistiu, na verdade, de proposições normativas ou proposições positivas carentes de comprovação empírica cabal sobre as quais solicitava-se dos candidatos uma avaliação como “certa” ou “errada.” Como se sabe, proposições dessa natureza não admitem avaliação como verdadeira ou falsa. De forma viciosa, portanto, os candidatos viram-se induzidos a escolher aquela resposta que mais lhes parecia se coadunar com os supostos pontos de vista dos formuladores da prova.

2. Nas questões de caráter teórico, que não incorrem no problema anteriormente mencionado, o nível de conhecimento científico requerido foi ostensivamente insuficiente para a seleção de técnicos para uma instituição de pesquisa como o IPEA.

3. Por fim, é de se destacar o pequeno número de questões sobre métodos quantitativos, todas elas com nível aquém do desejável para técnicos de uma instituição de pesquisa aplicada, quer seja essa na área de economia, relações internacionais, sociologia, antropologia, ciência política ou ambiental.

Em face do exposto acima, concluímos que, na formulação das provas escritas, o concurso foi inapropriado, não constituindo instrumento adequado para seleção de quadros técnicos para essa instituição. Suas conseqüências serão danosas para o IPEA e para a sociedade brasileira.

Certos de sua compreensão, colocamo-nos à disposição para esclarecimentos e subscrevemo-nos, (…)”

147 thoughts on “Ainda o IPEA

  1. Essa carta deve ter sido escrita pelo grupo de técnicos a que o presidente da CAPES se referiu como incompetentes: aqueles pobres coitados que fizeram seus mestrados e doutorados nas falidas universidades americanas. Melhor selecionar técnicos formados no Piauí.

  2. Aeeeee, Alex!

    Bateu na testa da jumentada! Estarrecedora a denuncia. E’ de gente assim que o Brasil precisa, que nao se dobra a ideologias.

    Um grande abraco

    Kleber S.

  3. “Essa carta deve ter sido escrita pelo grupo de técnicos a que o presidente da CAPES se referiu como incompetentes: aqueles pobres coitados que fizeram seus mestrados e doutorados nas falidas universidades americanas”

    Não fique com inveja. Você pode sair da cantina para um bom doutorado. Só precisa estudar mais e babar menos…

  4. Uma boa medida seria devolver o IPEA ao MPlan. As demandas que alcançam esse ministério guardam maior vínculo com o mundo real e a necessidade de promover a elevação do bem estar dos brasileiros.

  5. REQUINTES DE:

    1- Vinganca

    Um fulano por aqui um dia doou um rim para a esposa. Depois de flagra-la em adulterio, o cara entrou com pedido de divorcio com a consequente restituicao do “bem”. Por motivos humanitarios ele disse que aceita um milhao e meio de dolares em lugar da preciosa peca.

    2- Incompetencia

    O barco em que 5 piratas somalis fugiam com dinheiro pago pelo resgate de um petroleiro saudita, virou em alto-mar. O dinheiro miau. Os piratas tambem.

    3- Crueldade

    O trambiqueiro Bernie Madoff achou uma saida genial para garantir a longevidade do seu Ponzi scheme: atraiu um grande numero de fundacoes assitenciais. Ponzi schemes normalmente tem curta duracao, pois uma vez que alguem desconfia da jogada, ha’ uma “corrida ao banco”, que leva ao estouro do esquema. Para evitar isso, Madoffinho arrumou um grande numero de clientes entre estas fundacoes, o que lhe forneceu um “colchao” de liquidez. Isto porque elas costumam deixar o dinheiro estacionado com o investidor, tipicamente retirando apenas 5 pct de seu saldo anual.

    4- Misere

    Com a crise economica, os estados americanos estao matando caxorro a gritasso. Hoje, logo antes da neve cair, cruzei com dois caminhoes de sal. Estavam andando a milhao. Desnecessario dizer que ‘a noite as ruas estavam todas congeladas.

    Um abraco de quebrar costela

    Kleber S.

    PS: E ai’ BobFields, ta’ tudo bem com voce, cumpadre? Amanha tem jogo dos Giants em suas estreia nos play-offs. Se der tempo, logo de manha faca um despachinho pra liquidar com a alegria daquela rapaziada de uma vez.

  6. Thomas:

    A começar podemos esperar o que ocorre com regimes de câmbio fixo sujeitos a choque externo negativo: uma forte contração da demanda doméstica (até mais forte, porque a Argentina não tem como fincanciar um ajuste externo mais suave depois de todos os desaforos).

    Devido à contração da demanda doméstica e à queda do preço das commodities podemos esperar também que a arrecadação despenque e a sustentabildiade da dívida comece a ser (ainda mais) posta em dúvida.

    Há, é verdade, a alternativa de permitir que o câmbio flutue (não é exatamente o mesmo regime de 2001), mas aí há que se atentar para: (a) o problema do balanço dos setores público e privado, fortemente dolarizados; e (b) inflação. Com câmbio fixo e contração de demanda a inflação deve ceder, mas, se o câmbio tiver que flutuar, a Argentina terá encontro marcado com um problema (ainda mais) sério de inflação.

    Só falta não classificar para o Copa.

  7. LULAQUI!

    Ao lancar o Prano B, Barakobama disse que o objetivo era criar 2.5 milhoes de empregos. Teve neguinho que achou pouco. Ai’ entao ele subiu pra 3 milhoes (com o mesmo prano). Mas outros acharam a cifra exagerada. Bobama disse que 3 milhoes seria a conta entre ampregos novos e empregos salvos (essa nem o Marolinha, hein, pessoal?). Bom, com a inclusao de empregos “salvos”, ai’ a conta tornou a ficar pequena. Agora o novo anuncio e’ de 4 milhoes, entre novos e salvos!

    E ae, cambada, o homem sabe o que esta’ fazendo? O Prano B e’ confiavel? As estimativas sao sinceras?

    Acho mais e’ que eles tao tirando sarro!

    Abraco de quebrar costela

    Kleber S.

  8. Kleber,

    Suas análises são ótimnas, principalmente sobre a montanha russa das bolsas e os planos do Bobama.
    Nessa zona toda que se encontra a situação americana (não só eles, mas deixemos os outros de lado), qual seria o melhor caminho (sem ser o plano de 4 milhões de empregos, kkk) para começar a recuperação, na sua opinião?

    Abs;

    Tiago

  9. Kleber,

    Uma coisa engraçada: Os multiplicadores usados nas estimativas da equipe do Obama são os seguintes: 1,57 para gastos do governo e 0,99 para cortes de impostos.

    O que leva às seguintes questões: Se o multiplicador associado aos gastos governamentais é tão maior, por que 40% do plano é destinado a cortes de impostos. Os modelos keynesianos tradicionais nos dizem que o multiplicador dos gastos do governo tem mesmo de ser maior, e a hipótese da renda permanente diz que aumentos temporários na renda disponível não implicam necessariamente em maior gasto com consumo. No entanto, a própria Christina Romer escreveu recentemente um paper que apresenta um multiplicador de 3 (três!!) para os cortes de impostos (e ainda maior que o multiplicador dos gastos), contrariando o livro texto. No blog do Mankiw tem posts interessantes sobre o assunto.

    Francamente, o cenário é tão único que essas estimativas devem se mostram muito furadas.

  10. Kleber S.

    Continuo discordando de você sobre o plano do Obama. Acho que ele está certo, a única forma de tirar os EUA da recessão é com política fiscal expansionista, já que não há mais espaço para política monetária.

    Além disso, não adianta só recolher os ativos podres pois o multiplicador econômico deles é estimado como muito baixo. Vai ter que gerar emprego mesmo, aumentando dívida e tal.

    Acredite, o cara é bem assessorado.

    Abs

  11. Corajosos esse funcionarios do IPEA que fizeram o abaixo-assinado. Correm riscos… como outros que bateram de frente com o Pochmann (Tourinho, Giambiagi…), mas é preciso coragem e atitude pra mudar esse pais. Parabens.

    Obrigado Alex pela informacao.

    Abs

    G.Howe

  12. SICSÚ:”…2007 a 2008, o crédito para pessoa física cresceu,
    como proporção do PIB, de 10% para 12,5%. No mesmo período, o crédito
    para pessoa jurídica mais o crédito direcionado (BNDES, crédito
    agrícola etc.) cresceu de 20% do PIB para 25%. Isto significa, grosso
    modo, que o crédito para o lado da oferta crescia a uma velocidade
    muito maior que o crédito para o lado da demanda.”

    Alex, me corrija se eu estiver errado. A velocidade de crescimento dos dois não foi exatamente igual (25%)? Ou o calculo relativo nao está correto?

  13. No momento em que vejo um grupo de tecnicos do próprio IPEA questionando o concurso tenho um pouco de esperança em relação ao IPEA. Entretanto, a questão fundamental é a seguinte:

    Qual falha de mercado justifica a existência de um orgão como o IPEA. Para começar o governo federal já financia a pesquisa de diversas universidades via CAPES/CNPQ além do financiamento direto das universidades públicas federais. Além disso cria um Instituto como o IPEA para fazer a pesquisa que as universidades federais deveriam estar fazendo??? Não me surpreende o atual rumo tomado pelo IPEA, quando você têm indicação direta feita pelo governo a indicação é política(Pochmann). Mais cedo ou mais tarde isso ia acontecer, o IPEA iria deixar de ser técnico para se tornar político.

  14. alguem viu ontem a noite a entrevista do Beluzzo comentando o por que não aceitou o convite para presidir o BCB ano passado?

    o mercado sabia da negativa..eu nem vi o CDS do Brasil subir

    pousando de conselheiro do Lula, que ‘ouve’ estes, mas nao abre mao dos hawks de verdade no comando

    abraço Alex

    P.S.: to sentindo falta da série Testando os Limites da Cretinice!

  15. Parabéns pelo Blog. Tenho algumas dúvidas em relação ao impacto dos juros sobre a demanda agregada e gostaria de sua ajuda. Conversei com alguns economistas e ouvi diversas explicações para explicar a atuação do BC que podem ser resumidas em seis tópicos:

    1ª) Consumo: somente seria verdade se fosse um choque de juro, digamos de uns 1000 bps. No meu ponto de vista, o efeito sobre o consumo é indireto, isto é, se o juro afeta a atividade, logo, afeta o consumo.
    2ª) Investimento: é possível.Apesar do aumento do custo de oportunidade o impacto sobre a confiança dos empresários e consumidores parece mais relevante.
    3ª) Empréstimos: o spread bancário e a volatilidade da curva futura são altos o que dificulta a avaliação do impacto de alta ou baixa de 2% na viabilidade de um projeto de investimento ou no custo do capital de giro. Além disso, somente o governo capta recursos à taxa Selic, pois o BNDES oferece recursos a taxas menores e as grandes empresas tiveram nos últimos anos acesso ao capital externo, ou seja o financiamento do investimento ocorre a uma taxa diferente da Selic.
    4ª) Câmbio: é possível,mas depende de uma série de fatores como o impacto sobre a atividade (importação e exportação), preço de commodities e disponibilidade de recursos no mercado externo para carry-trade entre outros.
    5ª) Riqueza Financeira: O que se diz por aí é que a poupança no Brasil é baixa, bem como os títulos pré-fixados representam apenas cerca de 1/3 da dívida pública e aplicações em bolsa de valores englobam um pequeno número de investidores, ou seja, o impacto sobre a riqueza é baixo, afetando pouco o consumo.
    6ª) Confiança: pela choradeira de cada Copom verifica-se que o impacto é alto na confiança dos empresários, o que, efetivamente, afeta a demanda agregada.

    Gostaria de sua colaboração e dos amigos que freqüentam o Blog para verificar as falhas desta análise.

    Thx

    Abgail

  16. ZE’ DO CAIXAO PERAMBULANDO PELA ALEMANHA

    Primeiro foi o Dresdner Bank. A situacao ficou preta, e como ele pertence a uma seguradora – Allianz – acharam por bem que era melhor nao arriscar ter uma versao bundes da AIG. Empurraram o mico para o Commerz Bank. Que tomou uns preguinhos no fim do ano passado. Como a situacao piorou, o C quis abjurar do mico. Madame nao deixou: meteu mais uma duzia de preguinhos no seu caixao, e com uma infusao de capital de 10 bizinhos, levou 25 pct das acoes do casamento dos moribundos.

    Hoje foi a vez do Deutsche Bank. Sua alavancagem e’ de 38 pra 1! Putzgrila, cambada, e’ o dobro da do Goldman Sachs! Como o DB andou levando xumbo em proprietary trading a dar com pau no trimestre passado, o balanco deve demostrar prejuizos pesados. Madame ja’ acenou com uns preguinhos pro DB tambem. Por enquanto eles disseram “nein, danke!”. Mas com uma alavancagem dessa acho que vao acabar tomando um veneninho da Madame, sim, e’ so’ questao de tempo.

    Um abraco de quebrar costela

    Kleber S.

    PS: Faz muito tempo que nao vejo mais ninguem da quermesse vindo a publico defender o “modelo argentino”. Por que sera’, hein cambada, alguem ai’ pode me explicar?

    PS2- O Giants miau! Cheeeeeers.

  17. Alex cambio fixo melhor do que flutuante porque é mais fácil de controlar a inflação.

    O Brasil tinha uma inflação de 2% com cambio fixo depois que deixaram flutuar,o Brasil nunca teve uma inflação próxima desse patamar.

  18. “Alex, me corrija se eu estiver errado. A velocidade de crescimento dos dois não foi exatamente igual (25%)? Ou o calculo relativo nao está correto?”

    Está correto, mas o mais bacana é descobrir que investimento não é demanda, afinal de contas:

    “Isto significa, grosso
    modo, que o crédito para o lado da oferta crescia a uma velocidade
    muito maior que o crédito para o lado da demanda”

    O horror, o horror.

    Recebi o artigo por e-mail, mas estou no meio da conferência do banco. Fica para a volta.

    Abs

    Alex

  19. “Alex cambio fixo melhor do que flutuante porque é mais fácil de controlar a inflação.

    O Brasil tinha uma inflação de 2% com cambio fixo depois que deixaram flutuar,o Brasil nunca teve uma inflação próxima desse patamar.”

    Realmente, com câmbio fixo fica mais fácil controlar a inflação. O difícil é controlar o câmbio fixo… Domingos Cavallo que o diga.

  20. DIRETAMENTE DO “ATELIER” DO ZE’ DO CAIXAO

    1- Mais imediato impossivel! O Deutsche Bank vai pagar pelo seu novo miquinho – o Postbank – em acoes. Como o Post pertence majoritariamente ao servico de correios, a partir da consumacao do negocio, a Madame acabara’ socia do Deutsche. Preguinho, preguinho!

    2- Irlanda, Portchugau, Espanha e Grecia andam mucho mal das pernas, com seus titulos governamentais entrando em rating outlook negativo. Nadaram de bracada ao entrarem na onda do euro. Subiram salario pra dedeu. Agora que a festa acabou, entraram em sinuca de bico. Nao tem competitividade, muito menos inovacao. Saida? Um milagre economico em pleno alvorecer da depressao que se prenuncia, ou deflacao de precos e salarios. No Indice ZdC, eu daria um P+ pra essa rapaziada.

    3- O Citibank, aaah, Citibank, anunciou medidas que indicam o seu desmembramento. Estao para criar um micodromo, onde aportarao uns 600 bizinhos de podridao. Acho que nao passa de um plano pra levar mais algum da “viuva”. Se nao colar, sera’ “banquete” pruns 300 preguinhos.

    Um abraco de quebrar costela

    Kleber S.

    PS: Ainda bem que apareceu candidato pro Jumentto de Ouro: e’ o cidadao que quer seguir a politica cambial do Domingos Burrro, digo, Cavallo.

  21. TIAGO, CARUSO E ADOLPHO

    Obrigado pelos seus comentarios e informacoes.

    Analisemos os “planos” economicos dos governos sainte e entrante.
    Exceto pelo desperdicio demagogico de 175 bilhoes de dolares na primavera passada, que nao fez nem fu nem fa para a economia, o plano A tinha um objetivo estrategico. O Tesouro considerou as empresas financeiras como se fossem utility companies. Suponhamos que amanha haja uma quebradeira de fornecedoras de energia eletrica. As boas regras capitalistas mandam que quem nao tem competencia deva mesmo ir para o vinagre. Mas nao da’ pra deixar o pais sem eletricidade, certo? O mesmo ocorre com o sistema financeiro, por mais odioso que isso possa parecer. No entanto, em termos de aplicacao tatica, o que se viu foi um festival de incompetencia inedito nestepaiz. Nao houveram regras claras para os diversos bail-out, e nem se tentou arrumar criterios decentes para a utilizacao da segunda parcela do tal de TARP. No entanto, o resgate – ainda que atabalhoado – do sistema era indispensavel.

    Da parte do Fed, Billy the Ben pos em pratica tudo o que havia criticado em relacao ‘a maneira que o Japao tratou a sua crise dos anos 90. Gastou toda a sua municao, nao resolveu porra nenhuma, criou a hiperinflacao de commodities, e a consequente deflacao do presente. Se voces se lembrarem bem, Kleber S. advertia: nao se meta a salvador da patria se voce nao tem cacife pra tanto. Deixa a deflacao de ativos ocorrer. Agora ele transformou a deflacao de ativos em deflacao generalizada. Mas va’ ser ruim assim no raio que o parta.

    O Bobama entao veio com o Prano B. Que o Adolpho retratou muito bem fazendo a comparacao dos efeitos multiplicadores, que denotam a confusao mental associada ‘a nova equipe economica. No Prano B, tem pra todo mundo, um pouco de tudo. Voces querem bacalhaaaaauuuu? Bacalhau para o auditorio!

    Um de seus grandes “assessores” e’ o deputado Barney Franks, uma personalidade curiosa. Ha’ algum tempo atras em Boston, o “marido” do sr. Franks esteve envolvido em um assunto meio esquisito de uma rede de prostituicao masculina. Uma coisa horrorooosa! Mas voltando ao assunto, o deputado esta’ com a macaca pra doar dinheiro para quem esta’ pra perder seu imovel em foreclosure. Alem do famigerado moral hazard, ha’ o problema daqueles que NAO estao inadimplentes. So’ um asinino de quatro costados vai pagar suas prestacoes sabendo que o vizinho que abriu o bico esta’ ganhando um “desconto” do governo. Ai’ nao havera’ dinheiro que chegue.

    O risco enorme do Prano e’ que ele desestabilize o mercado de treasuries. O deficit comercial esta’ despencando. A China ja’ esta’ se retraindo desse mercado. A pergunta pro Bobama e’: quem vai comprar os novos titulos a serem emitidos para financiar esta nova gastanca?

    Portanto a minha solucao e’ a de sempre, baseada no principio termodinamico: deixa a coisa rolar, os zumbis seguirem para o enterro, e ao readquirir pricing power as empresas fortes acabam se levantando naturalmente. Pensar que a saida de uma crise dessas vai ser indolor e’ mais do que ingenuidade: e’ jumencia.

    Um abraco de quebrar costela

    Kleber S.

  22. Kleber, Alex,

    Um conhecido, alto pacha de uma rede de hoteis da gringolandia, disse-me que mandou cartas para todos seus fornecedores e prestadores de servicos com o seguinte texto: “Favor convencer-me a recontrata-lo a um desconto de x%” — em alguns casos, x=20.

    A deflacao chegou na gringolandia. Quem nao entender isso desde ja, vai ficar com saudades do natal de 2008.

  23. Kleber, algumas observações:

    Os multiplicadores a que o Mankiw se refere podem não ser comparáveis. O paper de Romer & Romer só analisa cortes de impostos. O Bradford DeLong garante que a Christina acha que o multiplicador de gastos é maior que o de cortes de impostos (http://delong.typepad.com/sdj/2009/01/the-romer-view-of-tax-and-spending-multipliers-revisited.html – nos comentários desse post as pessoas zoando o Mankiw são muito engraçadas).

    Mas então por que uma parcela tão grande do plano para cortes de impostos? Sigam então o conselho do Krugman!!

    Ah ainda tem essa:

    "Thanks to the advent of credit derivatives — financial contracts that allow investors to speculate on or protect against default — we can now observe how likely global markets think it is that Uncle Sam will renege on America's mounting debts. Last week, markets pegged the probability of a U.S. default at 6 percent over the next 10 years, compared with just 1 percent a year ago."

    Abraço

  24. Adolpho,

    “por que uma parcela tão grande do plano para cortes de impostos?”

    olha, a questão também tem muito a ver com timing. Além de não haver garantias de que os dispêndios serão feitos de forma eficiente, em investimentos úteis, dado os fatores políticos e etc, há também o tempo necessário para que os projetos sejam observados e aprovados, e isso é evidente que não são apenas o Mankiw e o Becker que enxergam. Obama e time compreendem as limitações e, delegar ao próprio contribuinte as decisões de como utilizar estes recursos, pode ser politicamente conveniente para a aprovação no congresso.

    Quanto a esta briga de egos, partidarismos e ideologias entre os economistas, convenhamos que o comportamento do Mankiw é muito mais sóbrio e cordato.

  25. ADOLPHO

    Concordo com sua analise. Se sabem o que estao fazendo, e o efeito dos multiplicadores e’ tao claro e conhecido, por que fazer essa salada mista? Alias, nao seguir o conselho do Krug e’ uma demonstracao de prudencia, e um indicativo de que nem tudo esta’ perdido.

    Os dados sobre os spreads dos CDSs reforcam a minha percepcao de que o Prano B pode desestabilizar o mercado de treasuries.

    Um grande abraco

    Kleber S.

    PS – Ao anonimo das 3:54 (arruma algum apelido ae, meu): um dos meus comentarios no final do ano passado foi exatemente esse. “Cara cambada: espero que esteja tudo bem com voces. Por que se nao estiver voce ta’ frito, cumpadre. Daqui pra frente as coisas so’ vao piorar.”

    A deflacao em B2B por aqui e’ evidente, o exemplo que voce citou e’ mais uma demonstracao concreta da nova realidade. Tambem posso usa-la como evidencia da saida que propus para o problema em post acima: o enterro dos zumbis. Imagine se os fornecedores do seu amigo que estao mal das pernas abrissem finalmente o biquinho pela ultima vez e caissem fulminados por um raio de Zeus. A resposta que o seu amigo iria receber dos fornecedores seria: “Dane-se; se voce nao pode pagar os nossos precos, que feche a sua pocilga.” E a deflacao hoteleira estaria minimizada. Mas como a realidade e’ outra, eles mandarao suas respostas mais ou menos assim, o’: “Pois nao, excelencia. Tudo o que vossa magnificencia quiser!”. E ai’ tome deflacao.

  26. Não faz sentido a existência do IPEA assim como o IBGE,órgãos públicos para fazer pesquisa com dinheiro do contribuinte,deveria acabar com esses órgãos e colocar a iniciativa privada para fazer as pesquisas.

  27. Kleber S,

    se esse é o plano do Obama então falamos a mesma língua. Também sou a favor de deixar quebrar e não salvar quem está para perder as casas.

    Os democratas adoram políticas assistencialistas, muito melhor seria um corte nos impostos conforme prometido na campanha.

    Agora se os EUA não conseguirem rolar essa dívida, o buraco será bem mais embaixo.

    Abs

  28. Alexandre,
    Saindo totalmente do assunto: encontrei seu nome na web pesquisando detalhes sobre conta corrente de residentes no exterior e remessa de dinheiro para o Brasil. É quase impossível encontrar uma instituição financeira no Brasil que entenda do assunto e saiba esclarecer todas as dúvidas. Agradeço se puder entrar em contato e indicar um contato que possa me ajudar.
    moniactg at gmail dot com

  29. Alex me tire uma duvida por favor,Porque o Brasil é o único país que tem parcelamento de longo prazo de roupa,eletrônico?

    Eu morei nos EUA 3 anos e lá ninguém parcelava eletrônicos em 12 vezes,roupa,sapato em 6 vezes,a maioria das coisas era tudo a vista.isso explica porque o Brasil tem uma das taxas de juros mas altas do mundo em empréstimos?

    A única coisa que eu via parcelar em longo prazo nos EUA era casa e carro.

  30. “Qual falha de mercado justifica a existência de um orgão como o IPEA. Para começar o governo federal já financia a pesquisa de diversas universidades via CAPES/CNPQ além do financiamento direto das universidades públicas federais. Além disso cria um Instituto como o IPEA para fazer a pesquisa que as universidades federais deveriam estar fazendo??? “

    Bruno:

    Em primeiro lugar o seu argumento (o governo já dá dinheiro para universidades federais) não mostra que não há falha de mercado. Universidades federais, Capes, etc não são instituições de mercado.

    Em segundo lugar, sabe-se que há, sim, falha de mercado no que se refere à geração de conhecimento científico/tecnológico por conta das externalidades associadas (veja, por exemplo, todo o trabalho da nova teoria do crescimento). Pode-se argumentar se seria melhor um subsídio ou a produção científica direta, mas, em qualquer caso o mercado não resolve o problema de geração ótima de conhecimento (os direitos de propriedade não são bem-definidos).

    Por este motivo a seguinte afirmação:

    “Não faz sentido a existência do IPEA assim como o IBGE,órgãos públicos para fazer pesquisa com dinheiro do contribuinte,deveria acabar com esses órgãos e colocar a iniciativa privada para fazer as pesquisas.”

    é de um cretinismo atroz e dá ao Juliano mais um Jumento de Ouro.

  31. “Em segundo lugar, sabe-se que há, sim, falha de mercado no que se refere à geração de conhecimento científico/tecnológico por conta das externalidades associadas (veja, por exemplo, todo o trabalho da nova teoria do crescimento). Pode-se argumentar se seria melhor um subsídio ou a produção científica direta, mas, em qualquer caso o mercado não resolve o problema de geração ótima de conhecimento (os direitos de propriedade não são bem-definidos).”

    Não faz sentido defender investimento público em pesquisa porque é jogar dinheiro do contribuinte no lixo,investimento em pesquisa com dinheiro público é a mesma coisa política industrial.Devemos incentivar o investimento privado em pesquisa porque é mas sadio pois não gasta o dinheiro do contribuinte.

    Qual o sentido do contribuinte financiar um mestrando em economia na puc ou EPGE? Sinceramente eu não vejo vantagem,esses estudantes poderiam buscar fontes privadas de financiamentos (isso vale para outras áreas).

    Investimento em pesquisa pública vai contra os princípios do livre mercado.

  32. CARUSO

    Temos entao consenso. Hoje aconteceu um fato curioso: o sub-messias teve sua audiencia de confirmacao no senado adiada. Citaram problemas de trapalhadas com imposto de renda, alem de um possivel caso de empregar uma imigrante clandestina. O problema que o Prano B sofre agora e’ de nao ter o condutor in place ate’ a posse do todo-poderoso. Se voce se recordar, o anuncio do sub ocorreu numa sexta-feira ‘as 3 da tarde. A bolsa subiu 500 pontos naquela ultima hora de pregao. E hoje ela nao caiu 248 por causa disso, mas sim pela maior queda nas vendas do varejo registrada na serie historica ocorrida em dezembro. Olha a deflacao do Billy ae, o’.

    Se o Bobama tiver que trocar o Geithner, vai gerar um certo rebu. Vamos ver no que vai dar.

    Zezinho visitou a Nortel hoje. Preguinho, preguinho. Goody’s tambem. Recem-saida do chapter 11, decidiu entrar em receivership. Entrou em chapter 11 a Gottschalk, 104 anos de varejo. Agora eu estou esperando com ansiedade a quebra do New York Slimes. Ou sera’ que o Krug vira’ com alguma ideia luminar que vai salvar seu empregador? Por enquanto estao freneticamente tentando vender sua participacao no Boston Red Sox. E se desfazer do Boston Globe. Tudo um bando de esquerdosos quermesseiros do baralho. Pimba na gorduxinha deles!

    Um abraco de quebrar costela

    Kleber S.

    PS: Po, o tio “O” ta’ mais sumido que pijama em lua-de-mel. Volta ae, tio!

  33. Será o fim da Política Monetária focada na Curva de Phillips? Com o foco em desemprego x inflação de bens acabaram negligenciando a inflação de ativos?

  34. Alex equilíbrio econômico existe em economia?

    O equilíbrio econômico está intimamente ligada à física newtoniana, que deriva, por sua vez, de um conceito de perfeição e harmonia universal oriundo dos gregos.

    Os cientistas há muito conhecem soluções ótimas da física newtoniana (ou, uma forma fechada soluções) para problemas que envolvem dois corpos em movimento.

    Problemas que possuem mais de dois corpos não permitem uma única solução, e os cientistas, antes da abordagem de Poincaré, desistiram das suas tentativas. Em economia e investimentos, a procura deve ser por soluções desse tipo, problemas que envolvam mais de dois corpos.

    É preciso lembrar que, em problema com múltiplos corpos, não existem relações simples, lineares, portanto precisamos alterar drasticamente a natureza da abordagem atual. Isto significa que existem um conjunto infinito de soluções (atratores caóticos) que podem oferecem soluções dentro de um intervalo finito, e isso é uma possibilidade muito real.

  35. Caro Alex,

    apesar do dolar estar “bombando” vemos repetidamente IGPs e IPCs abaixo das previsoes. Obviamente que, para os IGPs, os efeitos da queda das commodities estão se sobrepondo ao da alta do dolar.

    Mas minha dúvida é: será que 10 anos de metas de inflacao com 10 anos de BCs “independentes” não aumentaram a ancoragem das expectativas? Quem já teria aumentado preços em tempos anteriores (setores mais impactados por USD – bens consumo duraveis por exemplo) está pensando duas vezes por receio do BC? Temos como medir o grau de credibilidade do BC com algum modelo?

    concordo com algum comentario acima: cade a quermese defendendo o modelo argentino?

    um abraco

  36. “Saindo totalmente do assunto: encontrei seu nome na web pesquisando detalhes sobre conta corrente de residentes no exterior e remessa de dinheiro para o Brasil. É quase impossível encontrar uma instituição financeira no Brasil que entenda do assunto e saiba esclarecer todas as dúvidas. Agradeço se puder entrar em contato e indicar um contato que possa me ajudar.
    moniactg at gmail dot com”

    O HSBC tem um sistema de transferencias internacionais para clientes Premier que tem conta em mais de um país. Funciona muito bem tanto para remeter do como para o Brasil.

  37. “Investimento em pesquisa pública vai contra os princípios do livre mercado.”

    Disse quem? Onde está a argumentação rigorosa sobre a solução de mercado no caso da pesquisa científica ser ótima no sentido de Pareto?

    Juliano: pode ser uma surpresa para você, mas economia não é uma questão de crença religiosa. Há um aparato para lidar com problemas e, se este aparato sugere que há problemas (no caso direitos de propriedade mal-definidos – descobertas científicas podem ser usadas sem pagamento para o decobridor), não adianta balir “o livre mercado, o livre mercado”.

    Aproveite o período no doghouse para refletir um pouco a respeito. Deve doer no começo, mas você vai gostar.

  38. “O que acontece se relaxarmos algumas hipóteses, como o consumo constante por exemplo?”

    Muito pouco Henrique. Se introduzirmos produção (o modelo é de dotação fixa) e permitirmos acumulação de capital os resultados permanecem: países com menor desconto temporal (taxa de poupança mais alta) têm taxa de câmbio mais depreciada e crescimento mais rápido.

  39. “Mas minha dúvida é: será que 10 anos de metas de inflacao com 10 anos de BCs “independentes” não aumentaram a ancoragem das expectativas? Quem já teria aumentado preços em tempos anteriores (setores mais impactados por USD – bens consumo duraveis por exemplo) está pensando duas vezes por receio do BC? Temos como medir o grau de credibilidade do BC com algum modelo?”

    Sim, pode ser, e podemos medir isto pelo comporatamento do coeficiente de repasse (acabei de sair de uma apresentação na qual o economista-chefe do Banco de Chile me disse que as estimativas de repasse caíram de 50% (nos 12 meses seguintes) para 20% (nos 24 meses seguintes). Isto, obviamente não implica repasse zero.

    Quanto à credibilidade, à parte o coeficiente de repasse, podemos medir pela diferença entre a expectativa de inflação 12 e 24 meses à frente relativamente à meta para os mesmos períodos.

  40. Bacanas os poemas. Quando estava no mestrado este texto andou circulando e o Paulo Pichetti fez uma tradução muito boa (lembro de um verso “estala o raio de Júpiter”, que ficou muito bom)

  41. Tiago EUA não deve fazer um pacote de expansão fiscal por uma simples razão,eles são deficitários.

    Política fiscal deve ser sempre cíclica (governo deve ser sempre superavitário),Obama deve se preocupar em cortar gastos.

  42. LIVE FROG JUMP

    Mais uma vez a bolsa repetiu o movimento farsesco que se tornou muito comum em Novembro: caiu 205 pontos para depois subir 217, deixando ai’ uns “caraminguazes” de 12 no positivo. Gostei da justificativa que li num dos “especializados” que existem por ai’: foi por causa da liberacao da segunda parcela do TARP pelo senado. Ai’ tem dois porens: ninguem esperava que o senado negasse o pedido; e a votacao aconteceu depois do fechamento do pregao.

    Quando o mercado ficou com a macaca e subiu para mais de 9000 pontos apos a minima de Novembro, Citibank (aaaah, Citibank!) subiu acima de 7 dolares. Hoje caiu para menos de 4. De onde nunca deveria ter saido. Numa dessa teve neguinho que moeu mais uma graninha, num e’ mesmo, cumpadres?

    Mas na terca-feira o messias vem ae, certo? Tudo vai se resolver como num passe de magica com a ressurreicao do Keynes. Quem sabe ate’ o Marolinha faca um discurso. Ou nao, como diria Caetano. Porque Marolinha ta’ com biquinho: Bobama, numa demonstracao de falta de classe monstruosa, nao convidou o Marola pra posse. Ja’ comeca dando mancada, certo galera? Sera’ que ele ficou com medo que iria faltar caxaca? Ora, isso e’ desculpa.

    Quem sera’ que vai se arvorar de sub-messias agora que a situacao do Geithner sujou? Seria o “inedito” Larry Summers?

    Ontem saiu uma noticia interessante sobre a Letonia, pais joia. Para manter a paridade, de acordo com o prano do FMI, o governo teve que fazer ajuste fiscal (orra meu, olhai’ o FMI inovando!). Primeira medida do arrocho: corte de 15 pct dos salarios dos funcionarios publicos. Ou seja, e’ aquilo que se conversou por aqui quando tio “O”, o Sumido, postou um artigo que tratava do assunto: deflacao! A receita e’ a mesma para os paises da zorra, digo, zona do euro listados em comentario acima.

    Hoje o Bank of America disse que nao vai guentar o tranco da absorcao do Merril Lynch sem recursos adicionais da viuva. Ora, mas que surpresa, nao e’ mesmo cumpadres? Sera’ que nao tem ninguem naquele banco que saiba fazer contas? Ja’ marronzaram na compra da Countrywide. E agora acabaram de enterrar o nariz na bosta com o Merril Lynch. E’ caso de meter um bico no traseiro da diretoria.

    E atencao para a proxima shit-in-the-making: essa situacao de contango no mercado de petroleo ainda vai quebrar mais banco. Eles nao sao do ramo, e mesmo se fossem ja’ entupiram o vaso sanitario tantas vezes que nao da’ pra acreditar que agora eles saibam o que estao fazendo.

    Um abraco de quebrar costela

    Kleber S.

  43. “o tio “O” ta’ mais sumido que pijama em lua-de-mel.”

    To sumido nada, eh que a jumentada nao estah me motivando a entrar… Quanto aos preguinhos, o mundo estah acabando. Onde eu olho, as coisas estao piores do que eu achava que seriam, faz tempo que nao vejo uma surpresinha positiva. Nem sei por onde comecar.

    “O”

  44. TIO “O”

    Po, tio, ce parece que ta’ meio depre, meu. Cheer up! Concordo com voce que a frequencia de jumentos andou miando. Culpa do Alex, que tem a mania de bota-los junto com o caxorro. Com isso perdemos grandes exemplares da especie muar, como o Igor, o Pedro, o Ricardo, etc.

    No entanto, se o jumento nao vem ao blog, o blog vai ao jumento, certo? Pegae um artigo do Joao Csifu, ou algum negocio do Citibank, e senta a ripa no fdp, tio.

    Nao ha’ nenhuma indicacao de que idiotice esteja em short supply. Pimba na gorduxinhas deles.

    Olha so’ um ezempro: o Bank of America entrou nessa crise muito bem posicionado, quase que mico-free. Hoje foi anunciado que a viuva esta’ aportando 20 bizinhos na forma de preferred shares, mais 118 em garantias.
    O detalhe e’ que os resultados do trimestre anterior serao mais feios que o diabo comendo mariola: entre BofA e Merril, 17 bizinhos. Ouxeja, a grana ja’ entra “esterilizada”. E a 8 pct ao ano, que e’ um juro jumento (que negocio hoje em dia rende 8 pct ou mais fora do narcotrafico?), garantindo a anorexia do balance shit a longo prazo. Dividendo? Um centavo. Conclusao: hoje a bolsa deve subir pra baralho, “puxada” pelo BofA, certo?

    Um abracao

    Kleber S.

  45. Alex o Banco Central não poderia divulgar os modelos usados para prever a inflação? Isso traria um pouco mas de clareza para o regime de metas de inflação.

  46. Guilherme,

    parabéns, com sua explanação sobre história da física você descobriu o problema de equilíbrios múltiplos.

    É óbvio que grandes questões econômicas recaem em situações de múltiplos equilíbrios. O problema é que nesses modelos não dá para fazer nenhuma previsão. Por isso ortodoxos evitam esse tipos de modelos enquanto quermesseiros insistem neles. Porque gostar de testar nossas teorias com os dados.

  47. Tem um gráfico de rendimentos utilizando esse tipo de abordagem, usando uma estratégia de investimentos (finalidade experimental) extraindo algumas soluções, se trata de uma série de dados históricos de um ativo cambial de altíssima liquidez. Operando em pequenas tendências localizadas durante um ano (2008-2009 – 391 operações) alocamos um percentual do capital utilizando um critério específico, com relativa agressividade para a finalidade de observação.

    Com o modelo backward específico tivemos um retorno (780% com incidência dos custos operacionais) sobre o capital inicial com um drawdown de 21%. Ou seja, utilizando das propriedades do viés estatístico (distribuição fractal) é possível obter retornos excedentes de um mercado quase-aleatório, basta encontrar, para cada ativo, o seu ponto de desequilíbrio.

    Pra saber um pouco mas sobre sistemas dinamicos procure Jacob Palis no Impa.

  48. RAFAEL

    Naaaaaao, o laissez-faire NAO causou essa crise. Essa crise foi causada por Greenzinho, velho safado, cuja politica monetaria se resumiu a imprimir dinheiro e produzir discursos esmerados pra justificar a inundacao constante do mercado com dinheiro falso.

    Agora o Bobama quer resolver a parada ressuscitando o Keynes. Enquanto Billy the Ben, o nosso bandidinho, afoga o mercado com mais dinheiro ainda. Quando tudo terminar em pavoroso desastre, eles se mudarao para o interior paulista, onde passarao a vida ganhando uns trocados cantando musica caipira. Nome da dupla? Nho Ruim e Nho Pior.

    Um abraco de quebrar costela

    Kleber S.

    PS: Tio “O”, valeu a dica.

  49. Alex outra questão que eu tenho duvida é com relação a aplicação desse modelo para explicar o crescimento dos EUA.

    EUA tem um nível de baixo de poupança (vem caindo),deficit na CC.O que rustica o crescimento dos EUA nos últimos 12 anos?

    94-2006

  50. Kleber uma dia ainda vou ver o Alex reconhecer que a política de Greenspan e de Helicopter Ben ajudaram a piorar a crise.

    PS em um único mês o FED expandiu a base monetária em 25%,mas a crise só piora.Um dia ainda vão se lembrar de Friedman.

  51. Alex disse
    “Bruno:
    Em primeiro lugar o seu argumento (o governo já dá dinheiro para universidades federais) não mostra que não há falha de mercado. Universidades federais, Capes, etc não são instituições de mercado.
    Em segundo lugar, sabe-se que há, sim, falha de mercado no que se refere à geração de conhecimento científico/tecnológico por conta das externalidades associadas (veja, por exemplo, todo o trabalho da nova teoria do crescimento). Pode-se argumentar se seria melhor um subsídio ou a produção científica direta, mas, em qualquer caso o mercado não resolve o problema de geração ótima de conhecimento (os direitos de propriedade não são bem-definidos).”

    Alex,
    minha intenção não era argumentar que o governo financiar universidades federais implicava a não existência de uma falha de mercado, mas simplesmente que ambos financiamentos possuem o mesmo intuito, geração de pesquisa econômica, portanto uma das formas de financiamento é redundante.

    Agora de fato os direitos de propriedade não serem bem definidos é uma boa justificativa para o subsidio a pesquisa.

  52. OBITUARIO

    1- Circuit City

    A segunda maior cadeia de varejo de eletronicos nos US faleceu. Ze’ do Caixao ja’ providenciou preguinhos seletos para um enterro de primeira, que saira’ amanha com uma fire sale do estoque da falecida. Termodinamicamente, as acoes da Best Buy – maior concorrente do mercado – subiram 8 pct. Viram so’? Enterram um zumbi, o mais forte se fortaleceu ainda mais. O dia em que aplicarem a regra ‘as montadoras, a crise comecara’ a amainar.

    2- National Bank of Commerce do messianico estado de Illinois.

    Como premio por ter sido o primeiro banco a passar desta pra melhor no ano que se inicia, Zezinho disse que vai usar um jogo de preguinhos dourados no esquife. Schedule medonho o do Zezinho amanha: comeca o dia em Richmond, voando em seguida para Indianapolis em voo de carreira (eeee’, tempos dificeis, ne’ seu Ze’?).

    Esta’ para marcar uma hora no “atelier” o Banco Central Europeu. Com a crescente divergencia entre os juros dos bonds de paises mais fracos e a Bundeslandia, camarada Trichet comeca a ver a coisa preta pro seu lado. Curiosamente, o abaixamento da taxa de juros da’ infusoes adicionais de preguinhos nos paises mais fracos, pois o estimulo fica relativamente menor em funcao do spread. Saia justa, muito justa. Por enquanto eu vou mandar ai’ um P pro BCE, so’ pra constar o alerta.

    Henrique, eu vivi por aqui nesses 12 anos. Na decada de 90 o crescimento foi baseado no desenvolvimento tecnico e comercial da internet. De 2001 em diante foi tudo uma ilusao gerada pelo dinheiro falso jogado no mercado pelo Greenzinho, velho safado e bokomoko, pois crescimento real baseado em boom imobiliario so’ ocorreu quando o pessoal saiu das cavernas.

    Um abraco de quebrar costela

    Kleber S.

    PS: Aos amigos que acreditam no Prano B como a salvacao da lavoura, eu pediria a gentileza de deixarem o email address no proximo post de cada um. Eu to trabalhando ai’ num projeto de privatizacao da Estatua da Liberdade que pode interessar ‘aquela mocada.

    PS 2 – Tio “O”, no caso de passamento do BCE, quica da UE, o que e’ que eu vou dizer la’ em casa? Que uniao monetaria com desuniao fiscal da’ uniao politica com mal de Parkinson? E se o meu filho perguntar: “Po, pai, mas num dava pra perceber isso antes?”, o que e’ que eu respondo pra ele?

  53. Curva média? Em cultura? Economia? Finanças? Riscos? Tendências? Se existisse, as custosas tentativas na realizações de previsões não precisariam de revisões quase instantâneas. O determinismo laplaciano é um devaneio inalcançável !

    Pierre Laplace, eminente matemático, físico e astrômono do século XVIII, afirmou certa vez:

    “…Suponha-se uma inteligência que pudesse conhecer todas as forças pelas quais a natureza é animada e o estado em um instante de todos os objetos – uma inteligência suficientemente grande que pudesse submeter todos esses dados à análise -, ela englobaria na mesma fórmula os movimentos dos maiores corpos do universo e também dos menores átomos: nada lhe seria incerto e o futuro, assim como o passado, estaria presente ante os seus olhos…”

    Ou seja, sob essas condições, teríamos a total previsibilidade, assassinaríamos o livre-arbítrio. Porém, a perfeição esférica desse demônio de Laplace foi tomada pela irregularidade oblonga da incerteza, do caos, da invasão bárbara do desconhecimento futuro. O Übermensch de Poincaré, Lorenz e Heinsenberg iluminou o caminho dessa limitação visionária.

    O médio-longo prazo a nós é inacessível, as pequenas circunstâncias presentes provocam reações futuras extremas, cada qual com seu peso e influenciando em uma direção, essa intrincada lógica se torna mais complexa quando descobrimos, que além dessa multi-influência, seus resultados alimentam a si própria como uma função recursiva, um espetacular turbilhão caótico.

    Buy&Hold, Diversificação Desmedida, Gaussianificação de Riscos, estes e outos pensamentos, que se fixaram como axiomas no conhecimento financeiro, serviram em alguma proporção, para a atual calamidade, como um gigantesco equívoco, incendiaram o armazém de pólvora global. E outros estão vindo, como o desinteresse por questões ambientais, estão provocando faíscas em outros pavios, provavelmente mais mortais que uma crise de caviar no brunch de WallStreet.

    Se fôssemos definir cuidadosamente a questão, prever o mercado, com qualquer grau de precisão, é provavelmente o que os matemáticos chamam de problema universal, no sentido de que uma solução completa para ele resultaria imediatamente em soluções para classe mais ampla de outros problemas.

    Se fôssemos definir cuidadosamente a questão, prever o mercado, com qualquer grau de precisão, é provavelmente o que os matemáticos chamam de problema universal, no sentido de que uma solução completa para ele resultaria imediatamente em soluções para classe mais ampla de outros problemas.

    Não conhecemos bem as complexas ligações entre muitas variáveis, por exemplo, casado ou solteiro hoje, determinará conseqüências imprevisível para você daqui a 5 anos, um toque de caos influenciando a sua e a minha vida. Imagine agora, variáveis econômicas, juros, desemprego, taxa de confiança, etc, certamente há um grau de conexão entre elas, com pesos que se alteram com o passar do tempo. Desconhecemos como tudo isso se processa, uma lógica subjacente intrincada e certamente complexa, o que faz uma previsão para daqui 5 anos ou mesmo um mês, uma verdadeira quimera.

    Muitas dessas associações não são descritas com precisão por modelos simples, mas por relações não-lineares complexas e muitas vezes, desconhecidas. Entretanto muito da literatura econômica e financeira atual está povoada por estruturas simples entre caixa da empresa e rendimento das ações, entre risco e desvio simples com relação à média, ou seja, ferramentas brutas para um sistema delicado.

    Logo vem à mente a velha história sobre o economista que está procurando as chaves do carro debaixo de um poste de luz. “Você provavelmente as perdeu perto do carro”, questiona um amigo que está com ele, ao que o economista responde: “Eu sei, mas aqui está mais claro”.

    Estamos no caminho de solução muito melhores, pesquisas em outros campos estão reunindo evidências que sistemas com muitas variáveis conectadas precisam de uma classe de tratamento específica. No qual será possível utilizar no mercado como algoritmos de análise em ultra-freqüência, estatísticas de sistemas caóticos, indicadores não-lineares incomuns.

    Vale a pena ver esse vídeo sobre a crise do Subprime.

    http://www.dailymotion.com/video/kBmdVtiOZWhlM0HSpY

  54. “Com o modelo backward específico tivemos um retorno (780% com incidência dos custos operacionais) sobre o capital inicial com um drawdown de 21%.”

    Hahahahaha

    Jumento de ouro nele!

    “O”

  55. “Alex outra questão que eu tenho duvida é com relação a aplicação desse modelo para explicar o crescimento dos EUA.

    EUA tem um nível de baixo de poupança (vem caindo),deficit na CC.O que rustica o crescimento dos EUA nos últimos 12 anos?”

    Henrique:

    O modelo serve para algumas coisas e não para outras (é por este motivo que fazemos um monte deles). Ele explica, por exemplo, porque países com poupança alta crescem rápido e têm câmbio depreciado.

    Se quiser entender outros aspectos, temos que estender o modelo. Exemplo: introduza produção e investimento. Os resultados anteriores (como eu disse) se mantêm. Novos resultados podem aparecer. Considere, por exemplo, um aumento de produtividade num dado país.

    Além do crescimento devido ao aumento de produtividade em si, isto deve induzir maior investimento (aumentou o retorno marginal do capital). Em contrapartida, o câmbio aprecia e o déficit em conta corrente aumenta. Se for o país de poupança alta a frase anterior é interpretada como “a moeda fica menos depreciada e o superávit em conta corrente se reduz”, o que é a mesma coisa. Será que isto pode explicar a aceleração do crescimento dos EUA no período em questão?

    Mais importante, porém, que entender determinado resultado, o fundamental é a estratégia de abordagem. Se a estrutura do modelo anterior não permite tratar de certas questões, tentamos introduzir novos ângulos, relaxando hipóteses simplificadoras, etc.

    Note que as modificações do modelo podem resolver a questão inicial, mas trazem outras (isto não é demérito do modelo, pelo contrário). Se um choque de produtividade causa a aceleração, o que explica o choque de produtividade? E assim por diante.

    E nunca, nunca mesmo, se esqueça que a evidência empírica é a juíza de tudo isto.

  56. Meu deus, eu li o artigo do Oreiro, que jumento puro-sangue! Eu ateh tive a tentacao de escrever para ele usando meu emeio oficial, mas no final das contas, desisti. Nao vale a pena, eh perda de tempo. Alem disso, mais dia menos dia eu pego algum paper dele para dar parecer, no dia seguinte ele vai sentar de lado!

    “O”

  57. Volta e meia aparece por aqui ou no espectro econômico um matemático, um físico ou um heterodoxo argumentando que os modelos são simples demais para compreender a realidade essa toada hoje é levantada pelo Guilherme.

    Modelos servem para realçar um determinado aspecto da realidade, não para representá-la como um todo. Por isso, apesar de ser possível que na realidade o mercado financeiro seja marcado por relações não-lineares e distribuições não-gaussianas, na enorme maioria das vezes, representá-lo como um simples passeio aleatório ou movimento browniano resolve o problema.

    Guilherme, quanto a ideia de que é impreterível trabalharmos com sistemas dinâmicos para representar a economia, segunda-feira estarei no IMPA e me comprometo a bater na porta do Jacob Palis se você se comprometer bater na do Aloísio Araújo. Fechado?

    Só para lembrar a dica de modelagem do Varian e de alguns economistas consagrados que eu sempre repito para mim mesmo: KISS (Keep it simple, stupid)

  58. Tiago eu moro em SP estou na graduação ainda,quando tiver a oportunidade de ir no RJ falarei com o Aloísio.

    Existem modelos mas complexos do que os derivados dos movimentos brownianos.

    Um exemplo é a lei das potencias.

    nvestidores sugerem-me que as redes de comunicação, os graus de conectividade e os chamados fenômenos do pequeno mundo (o Orkut e outras redes de relacionamento são boa prova disso) podem acender uma luz sobre o funcionamento dos mercados financeiros.

    Primeiro, a história convencional. Os movimentos de uma ação ou índice em pequenas unidades de tempo quase sempre são ligeiramente positivos ou ligeiramente negativos; com menos freqüência, muito positivos ou muito negativos. Durante boa parte do tempo, os preços subirão ou descerão entre 0% e 1%; com menos freqüência, subirão ou descerão entre 1% e 2%; com freqüência muito menor, ou em frações muito pequenas do tempo, o movimento será, por exemplo, de 10% para cima ou para baixo. Em geral, tais movimentos são bem representados por uma curva normal em forma de sino. A mudança mais provável numa pequena unidade de tempo é um minúsculo salto acima de zero, refletindo o viés ascendente do mercado no longo prazo, mas o fato é que movimentos de preços extremamente grandes, positivos ou negativos, são raros.

    Entretanto, já está claro há algum tempo (ou seja, desde que Mandelbrot o esclareceu) que movimentos extremos não são assim tão raros, conforme sugere a curva normal. Quando se analisam as mudanças de preços nas commodities, por exemplo, em cada uma de um grande número de pequenas unidades de tempo, e traça-se a partir dessas medidas um histograma, percebe-se que o gráfico é aproximadamente normal perto do meio. A distribuição desses movimentos de preços, contudo, parece ter “caudas mais gordas” do que a distribuição normal, sugerindo que crashes e bolhas numa ação, num índice ou em todo o mercado são menos improváveis do que seria de admitir. Há, com efeito, algumas evidências de que movimentos muito amplos nos preços das ações são mais bem descritos por uma chamada lei de potência.

    As idéias sobre essas redes informais levam, naturalmente, à rede de todas as redes, a Internet, e a maneiras de analisar sua estrutura, forma e “diâmetro”. Como, por exemplo, se conectam as quase 1 bilhão de páginas da Internet? O que constitui uma boa estratégia de busca? Em média, quantos links contém cada página? Qual é a distribuição dos tamanhos dos documentos? Será que há muitos com mais de mil links, por exemplo? E quantos cliques em média se dão para passar de um ou dois documentos selecionados ao acaso para outro?

    As leis de potência (às vezes chamada de leis de escala, outras vezes também denominadas Leis de Pareto), que caracterizam a Web, também outros sistemas complexos, que se organizam num estado de responsividade irrequieta. O físico Per Bak, que realizou extenso estudo sobre eles, argumentou em seu livro How Nature Works que essas leis são típicas de muitos processos biológicos, geológicos, musicais e econômicos, e que tendem a manifestar-se em ampla variedade de sistemas complexos.

    Engarrafamentos de trânsito, para citar uma área diferente e com uma dinâmica aparentemente desconexa, também parecem obedecer a uma lei de potência, em que engarrafamentos envolvendo k carros ocorrem com probabilidade aproximadamente proporcional a 1/k elevado a m, para um m adequado.

    a das conseqüências mais curiosas do modelo Barabasi-Albert-Jeong é que, por causa da distribuição de links entre documentos nos sites da Web com base na lei de potência (os nós da rede), o diâmetro da Web é de apenas dezenove cliques. Isso significa que é possível viajar de qualquer página selecionada ao acaso para qualquer outra em aproximadamente dezenove cliques, muito menos do que se conjeturava.Por outro lado, comparando dezenove com o número de links muito menor entre pessoas selecionadas ao acaso, ficamos pensando por que o diâmetro da Web é tão grande. A resposta é que a média das páginas contém apenas sete links, enquanto a média das pessoas conhece centenas de outras.

    Embora se espere que a Web cresça exponencialmente a uma potência de 10 nos próximos anos, seu diâmetro provavelmente crescerá em apenas um par de cliques, de 19 para 21.

    Usandoo modelo de Barabasi for válido, a Web não é tão inadministrável e intransponível quanto geralmente parece. A interconexão entre seus documentos é muito mais estreita do que seria, se a probabilidade de que um documento tenha k links fosse descrita por uma distribuição normal. Qual é a relevância das leis de potência, das redes e dos diâmetros para movimentos de preços extremos?

    Os investidores, as empresas, os fundos de investimento, as corretoras, os analistas e os veículos de mídia estão interligados por meio de uma grande rede, definida de maneira vaga, cujos nós interconectados exercem influência uns sobre os outros. Essa rede tende a possuir conexões muito mais coesas e a conter mais nós muito populares (e daí muito influentes) do que em geral se supõe. Na maioria das vezes, essas características não fazem diferença, e os movimentos de preços decorrentes da soma de enorme quantidade de ziguezagues de investidores independentes são deter minados pela distribuição normal. Todavia, quando o volume de negociações é muito alto, estas passam a receber forte influência de relativamente poucos nós populares — fundos mútuos, por exemplo, analistas ou veículos de mídia — alinhando-se com seus sentimentos; tal alinhamento é capaz de provocar movimentos de preços extremos.

    O fato de existirem alguns nós muito populares é, insisto, conseqüência de sua freqüência ser determinada pela lei de potência em vez de pela distribuição normal. O alinhamento contagioso desse punhado de nós muito populares, muito coesos e muito influentes ocorre com muito mais freqüência do que se imagina, o que também sucede, portanto, com os movimentos de preços extremos.

    Outros exemplos sugerem que o expoente m nas leis de potência do mercado, pode ser diferente de 3, mas o ponto mantém-se válido. A rede de negociações às vezes apresenta comportamento mais volátil e semelhante ao de rebanho do que reconhecem as imagens padronizadas a seu respeito. O crash de 1929, a queda de 1987 talvez não devam ser vistos como aberrações inexplicáveis (ou, simplesmente, “triunfo da virtude sobre o vício”), mas como conseqüência natural da dinâmica das redes.

    Não vejo heterodoxia em modelos matemáticos complexos que busquem estudos mas aprofundados.

  59. Sobre o nosso Brasil varonil:

    A coisa ficou feia desde no fim do ano passado!

    Pelo menos nossa taxa de juros ainda está bem positiva, não teremos muito motivo pra entrar nessa polêmica de estímulo fiscal (Oreiros a parte…).

  60. Guilherme

    Me diga uma coisa: e amanha, a bolsa sobe ou desce?

    Abracao

    Kleber S.

    PS: Qualquer que seja o resultado, nada tema, porque com Bobama nao ha’ problema!

  61. “Pelo menos nossa taxa de juros ainda está bem positiva, não teremos muito motivo pra entrar nessa polêmica de estímulo fiscal (Oreiros a parte…).”

    Espera soh os numeros da arrecadacao nos proximos meses…

    “O”

  62. Outras medidas poderiam ser adotadas para ajudar na baixa da Selic.Uma delas seria o aumento de 20% do FGTS para aumentar o nível de poupança.

  63. “Outras medidas poderiam ser adotadas para ajudar na baixa da Selic.Uma delas seria o aumento de 20% do FGTS para aumentar o nível de poupança.”

    Isto: nada como aumentar o custo do trabalho nas atuais circunstâncias.

    Anuncio, orgulhoso, o Jumento de Ouro do dia.

  64. Alex isso seria uma forma de aumentar o nível de poupança,o aumento poderia ser compensado na baixa da Selic.

    A legislação trabalhista Brasileira é bem flexível.

  65. Pelo que eu lê em alguns trabalhos do Pochmann ele critica as relações de trabalhos no Brasil,principalmente porque o trabalhador ganha pouco.

    FGTS,Décimo terceiro existe no mundo todo.

  66. “Pelo que eu lê em alguns trabalhos do Pochmann ele critica as relações de trabalhos no Brasil,principalmente porque o trabalhador ganha pouco.”

    E ganha a Tríplice Coroa com o português impecável.

  67. para quem gosta de se pautar em identidades contábeis para balizar suas análises acerca de medidas de política econômica, vale dar uma olhada no DeLong espinafrando o idiota do Eugene Fama. Para quem não se recorda, Eugene Fama será, certamente, um futuro agraciado pelo Nobel, por ter tido a cara-de-pau de propor e formalizar modelos como o de mercados eficientes e do agente-principal.

    http://delong.typepad.com/sdj/2009/01/eugene-fama-rederives-the-treasury-view-a-guestpost-from-montagu-norman.html

  68. Guilherme: aqui nos US nao tem porra nenhuma de FGTS nem decimo-terceiro.

    Fabio: para o Billy e o Bobama injetarem mais dinheiro na economia vao ter que dar injecao na testa; porque na bun_a nao tem mais lugar.

    Laplace: conhecimento previo nao implica em predestinacao. A entidade divina requer onipotencia. Onipotencia implica em onisciencia, uma vez que conhecimento e’ a base do poder. Uma entidade so’ pode ser onisciente caso seja onipresente, pois nao da’ para a entidade divina viver de boatos. A onipresenca implica que o espaco a ser percorrido pela entidade e portanto seu pensamento e’ nulo, assim como o tempo decorrido para esta transmissao. Isso significa que a velocidade do pensamento divino e’ infinita. Ve-se entao que para esta entidade NAO existe o fator tempo. Como consequencia sua percepcao dos acontecimentos e’ a da simultaneidade de presente, passado e futuro. O que nao significa predestinacao.

    Um abraco de quebrar costela

    Kleber S.

  69. que vai sair eu ja’ sei, mas a pergunta que nao quer calar..quem entra?

    Tombini, Mesquita, algum quemesseiro, “O Anonimo” ou quem sabe o Alex?

  70. Alex desconheço teorias que mostrem que pesquisa pública gera crescimento.

    O governo tem que permitir o mercado investir.As últimas inovações que o mundo teve foi por investimento privado não estatal.

  71. “ara quem não se recorda, Eugene Fama será, certamente, um futuro agraciado pelo Nobel, por ter tido a cara-de-pau de propor e formalizar modelos como o de mercados eficientes e do agente-principal.”

    Bobao. O Fama foi tambem o primeiro economista a produzir evidencia crivel que a hipotese de mercados eficientes nao passa pelo crivo empirico. Quanto a teoria do agente-principal, nao eh contribuicao dele e eh uma peca incontestada da teoria economica.

    Finalmente, o pecado do Fama nao tem nada a ver com usar identidades contabeis, mas sim nao entender lhufas macroeconomia – um pecado bem frequente no pessoal de financial economics.

    “O”

  72. Finalmente, o nosso anonimo proporcionou o seguinte absurdo:

    “para quem gosta de se pautar em identidades contábeis para balizar suas análises acerca de medidas de política econômica,”

    Um momento, para a tropa e presta atencao. O problema de nossos heterodiotas nao eh que eles nao balizem suas analises em identidades contabeis, mas sim que suas analises DESOBEDECEM identidades contabeis.

  73. “Está na cara que você inventou esse Gabriel, isso é injusto com a concorrência.”

    Pior que não Tiago. Se eu não coibisse o pior vocês veriam quanta barbaridade aparece por aqui.

    Abs

    Alex

  74. "Alex desconheço teorias que mostrem que pesquisa pública gera crescimento.

    O governo tem que permitir o mercado investir.As últimas inovações que o mundo teve foi por investimento privado não estatal."

    Que você desconheça o assunto não chega a me supreender. Talvez se você pensasse um pouco sobre a distinção entre inovação tecnológia e científica conseguiria, talvez, entender o papel de mercado e governo nos diferentes processos.

    Se lesse o trabalho do Paul Romer, Grossman & Helpman, Aghion & Howitt entre outros poderia compreender como a externalidade do conhecimento abre papel para políticas públicas.

    Enfim, se, se e se. Como nenhum dos "ses" parece guardar qualquer relação com a realidade no quadrante alfa da galáxia, está de volta no doghouse.

  75. Um momento, para a tropa e presta atencao. O problema de nossos heterodiotas nao eh que eles nao balizem suas analises em identidades contabeis, mas sim que suas analises DESOBEDECEM identidades contabeis.

    Isso foi tão estúpido que nem merece comentário. Mas estou autruísta hoje, então vou ajudar o próximo: quem inventou as identidades contábeis da macroeconomia foram os pterodoxos Keynes, Hicks e cia (você provavelmente nunca leu nenhum artigo de nenhum deles, pois só deve se preocupar com a “fronteira”, né?). Sim, comparado à ortodoxia de galinheiro que você deve professar, Hicks deve ser um baita heterodoxo. Se dependesse da sua linhagem de pensamento, ainda estaríamos nos baseando no País das Maravilhas do Pigou.

    Sobre o Eugene Fama: ele não foi o “criador” da teoria da agência, mas foi um dos que mais contribuiram teoricamente para o assunto. Não chega a surpreender que você não saiba disso pois, afinal, você só deve se preocupar com a “fronteira” (fronteira=Mas-collel). A teoria da agência não é má, a princípio, mas as prescrições de política que derivaram dela mostraram-se desastrosas nessa crise. Talvez a mais conhecida dessas prescrições é o alinhamento dos interesses dos administradores das empresas aos dos acionistas por meio de remuneração variável por desempenho (bônus), presente nas recomendações de política de vários papers “teóricos”. Não é preciso muito esforço para perceber que os agentes maximizaram seus bônus no curto prazo, colocando suas empresas em sério risco de solvência a longo prazo (os acionistas de algumas empresas nacionais que brincaram com derivativos que o diga).

  76. “O problema de nossos heterodiotas nao eh que eles nao balizem suas analises em identidades contabeis, mas sim que suas analises DESOBEDECEM identidades contabeis.”

    Perfeito. Respeitar as identidades é a base da coisa; vamos além delas, mas elas têm que ser incluídas na análise.

    “Quanto a teoria do agente-principal, nao eh contribuicao dele e eh uma peca incontestada da teoria economica.”

    E, diga-se, quem ganhou prêmio Nobel (merecido) por isto foi o Stiglitz (junto com o Akerlof e o Michael Spence), queridinho dos nossos heterodiotas.

  77. Eu vou colocar minha “colherzinha de pau”.Stiglitz não merecia ter ganho o nobel.

    Os liberais reconhecem que existem falhas no mercado,só que quando o governo intervem só piora.Stiglitz não considera em seu modelo que o governo é uma falha de mercado.

    Segundo é a respeito do Krugman,as teorias ricardianas de livre comercio são melhores que a dele.

  78. Acho que o Stiglitz ganhou seu Nobel muito mais pelos efeitos macroeconômicos da informação assimétrica do que pelos seus trabalhos microeconômicos, uma vez que, no primeiro caso, foi um autor original (e ainda é, mesmo passados uns 30 anos), enquanto no segundo foi apenas complementar a uma linha de pesquisa em andamento.

    É verdade que o Stiglitz virou o queridinho dos heteroidiotas depois que desandou a falar mal do capitalismo após sua passagem pelo Banco Mundial. Mas se sua obra for analisada corretamente, verificar-se-á muitos pontos de contato com autores pós-keynesianos, apesar do arcabouço de equilíbrio geral, uma vez que em seus trabalhos a moeda não é apenas um detalhe como em outros autores novo-keynesianos que buscam na rigidez de preços a causa do desemprego.

    Quanto à teoria da agência, seus primeiros esboços foram dados por Alchian e Demsetz que, aliás, são provavelmente os principais nomes da teoria da firma nos últimos 50 anos, com vários trabalhos seminais. Não sei se chegaram a ganhar o Nobel.

  79. “Isso foi tão estúpido que nem merece comentário. Mas estou autruísta hoje, então vou ajudar o próximo: quem inventou as identidades contábeis da macroeconomia foram os pterodoxos Keynes, Hicks e cia (você provavelmente nunca leu nenhum artigo de nenhum deles, pois só deve se preocupar com a “fronteira”, né?). Sim, comparado à ortodoxia de galinheiro que você deve professar, Hicks deve ser um baita heterodoxo. Se dependesse da sua linhagem de pensamento, ainda estaríamos nos baseando no País das Maravilhas do Pigou.”

    Analfabeto, mas “autruísta”. Da mesma linhagem que acha IS-LM o trabalho do demo, mas que Hicks seria um tremendo heterodoxo (talvez o único a respeitar as identidades contábeis).

  80. “Mas estou autruísta hoje”

    Eu de altruista nao tenho nada, entao nao soh vou cacoar de sua economia como tambem do seu portugues.

    “, então vou ajudar o próximo: quem inventou as identidades contábeis da macroeconomia foram os pterodoxos Keynes, Hicks e cia (você provavelmente nunca leu nenhum artigo de nenhum deles, pois só deve se preocupar com a “fronteira”, né?).”

    Eh tao dificil assim de entender? Se as identidades foram inventadas por Keynes, Hicks e cia., nao deveria ser o caso que aqueles que se auto-intitulam pos-keynesianos deveriam pelo menos construir argumentos que nao violam tais identidades? Ou talvez seja pedir demais?

    “O”

  81. E desde quando os argumentos pós-keynesianos violam essas identidades? Essas identidades são invioláveis por definição. Por mais ginástica mental que se faça, I=S (ex-post).
    É interessante notar que no famoso texto do Marcos Lisboa “A Miséria da Crítica Heterodoxa”, já citado nesse blog, ele passa ao largo da principal crítica dos keynesianos aos modelos neoclássicos, que é a precedência lógica do investimento em relação à poupança.

  82. Thiago muito bom o texto do Varian.Eu acho que Economia como uma ciência deve trabalhar com modelos mas complexos.

    As previsões de redes neurais são mas eficientes do que as previsões feitas por economistas.

  83. “principal crítica dos keynesianos aos modelos neoclássicos, que é a precedência lógica do investimento em relação à poupança.”

    Essa tal de “precedencia logica” eh coisa de quem nao entende macroeconomia. Nao existe precedencia logica alguma. Sao duas variaveis determinadas simultaneamente.

    “O”

  84. “E desde quando os argumentos pós-keynesianos violam essas identidades? Essas identidades são invioláveis por definição. Por mais ginástica mental que se faça, I=S (ex-post).”

    Um dos detalhes que os pos-keynesianos esquecem frequentemente eh que S inclui a poupanca externa. Entao saem zurrando por ai que pode-se aumentar o investimento por 300% que a poupanca por definicao vai aumentar tambem… Um exemplo eh a discussao recente sobre o pre-sal. Idiotas, zurrentos idiotas.

    “O”

  85. DE NOVO, DIRETAMENTE DO “ATELIER”

    Po, assim tambem num da’, cambada! Tao querendo matar o Ze do Caixao de tanto trabalhar.

    Hoje o RBS – lembram que o rebatizamos de Real Bull Shit ha’ um tempo atras? – abriu o biquinho de uma vez. O governo britanico vai transformar acoes preferenciais em ordinarias (e bota ordinaria nisso!), ficando por meio disso com 70 pct de ownership do fedegoso. Isso porque o adefuntado teve um prejuizo de 40 bilhoes de dolares na exercicio de 2008. Nisso tudo tem um porem interessante: o balance shit, digo, sheet, do mostrengo e’ de cerca de 3 trilhoes de dolares. Mais ou menos do tamanho do PIB da Albion, confere, tio “O”? Como o governo ja’ detem 43 pct do Lloyds, que tambem esta’ louco por uma minhoquinha, a situacao parece caminhar para o primeiro postulado de Kleber S., que diz que “Nenhum banco pode ser maior do que seu backstop”. Isso deu um tremendo solavanco na libra e nos juros do gilt no dia de hoje. Como resultado, botamos a Inglaterra em P+, com outlook negativo. Preguinhos com o selo real na cabeca ja’ estao sendo providenciados.

    A Espanha, conforme anunciado aqui no blog ha’ dias atras, teve o seu credit rating cortado de AAA para AA+ pela SP. Ainda e’ muiiiito, viu mocada. Isso ai’ ainda tem muito buraco pra cair. Preguinho com cabeca de tourinho.

    CASAMENTO NA UTI

    Mas nao e’ que o seu Chrysler e a dona FIAT resolveram juntar os trapinhos? Zezinho ta’ preocupado com o tamanho do caixao, pois em funcao do mal que os aflige, os noivos ja’ estao bastante inchados. E’ a juncao da fome com a falta de comida, num e’ mesmo cumpadres?

    Um abraco de quebrar costela

    Kleber S.

    PS: Tem um zumzum correndo por ai’ que tambem ha’ uma versao americana do RBS prestes a estourar, dias depois da posse do messias. Sera’ que e’ o BofA? Tcharaaaan…a conferir.

  86. Alex existe algum livro de Macroeconomia aonde o autor não seja NeoKeynesiano?

    Blanchard,Bernanke,Mankiw,Fischer.Todos esses são NeoKeynesianos,nenhum deles em seus livros defendem rigorosamente o livre mercado como Friedman,Hayek,Smith.

  87. ZIQUIZIRA?

    Em 2007 um consorcio de bancos europeus, o RFS, adquiriu depois de muita celeuma o ABN Amro. Ha’ poucos meses atras o F (Fortis) morreu na mao do governo holandes. Em manchetes por todo o mundo no dia de hoje, o R (RBS) ja’ tomou extrema-uncao, e deve ir para o descanso eterno do Exchequer. Sera’ que vai sobrar pro S tambem?

    CURIOSIDADE

    Na semana passada descobri uma empresa na NYSE cujo nome e’ Corinthian Colleges. Ticker symbol: COCO. Mas nao e’ mesmo uma coincidencia do baralho?

    TIO “O”

    Ele voltou com tudo, num e’ mesmo, cumpadres? Mecam suas palavras porque ele nao esta’ alisando…

    MANTEGA E MAROLINHA

    Estao quietos. Fecharam o chorrilho. Isso e’ sinal de que o BC esta’ para abaixar os juros. Afinal com 654.000 desempregados adicionais em dezembro, nao tem pescoco que aguente, certo cambada?

    E hoje tem Bobama, cumpadres!!! Quem sabe ae ele vai mandar uma bencao pra rapaziada mundial e a crise acaba? Ou nao, como diria Caetano.

    Um abraco de quebrar costela

    Kleber S.

  88. Singapore Cuts Top Government Salaries
    By Shamim Adam
    Jan. 19 (Bloomberg) — Singapores government said it will cut the salaries of its top public workers and ministers as a sharp recession threatens to increase job losses and hurt lending this year.
    The top government salaries, which are linked to economic performance, will fall 12 percent to 20 percent in 2009 and may be subject to further adjustments given the volatility of the economy, Teo Chee Hean, the defense minister whos also in charge of the civil service, said in parliament today.
    Singapore is scheduled to unveil more measures this week to help companies cope with the deepening global slump, which caused exports to contract in 2008 by the most in seven years.
    The National Wages Council last week advised employers to freeze or cut pay rather than fire workers.
    Job losses may reach the levels recorded in 1998 during the Asian financial crisis and 3,300 workers may be fired in the coming months, Minister of State for Manpower Gan Kim Yong said in parliament today. About 4,800 people were retrenched in the fourth quarter based on early notifications, he said.
    The seasonally adjusted unemployment rate was 2.2 percent as of September. Employers cut 6,418 jobs in the first nine months of 2008, the Ministry of Manpower said last month.
    Little can be done to mitigate the current downturn, which has spread to all parts of the economy, Trade Minister Lim Hng Kiang said in parliament today. The nation is facing unprecedented conditions in this sharp recession, he said.

    o GOVERNO está CORTANDO o salário dos SEUS funcionários!
    Enquanto isso, no mundo tupiniquim, o governo resolve GASTAR MAIS 35% em PROPAGANDA!

  89. “principal crítica dos keynesianos “aos modelos neoclássicos, que é a precedência lógica do investimento em relação à poupança.”

    Essa tal de “precedencia logica” eh coisa de quem nao entende macroeconomia. Nao existe precedencia logica alguma. Sao duas variaveis determinadas simultaneamente.

    “O””

    Me arriscando a levar uma sapatada do tio O:

    É verdade, as duas variáveis são determinadas simultaneamente. Além do fato de que para que a identidade se mantenha, temos q considerar os estoques.

    Mas, na Teoria Geral, o próprio Keynes escreve com todas as letras que a poupança é um “mero resíduo” (alguns professores de escolas heterodoxas repetem esse trecho ad infinitum nas aulas). Ou seja, ele postula uma relação de causalidade do investimento para a poupança.

    Tem umas opiniões aqui: http://www.marginalrevolution.com/marginalrevolution/2008/12/keyness-gener-3.html

    http://delong.typepad.com/sdj/2009/01/but-keynes-is-s.html

    É incrível como esse tema produz tanta discussão.

  90. http://delong.typepad.com/sdj/2009/01/but-keynes-is-s.html

    O De Long foi direto ao ponto: I=S por definição. Porém, as decisões privadas que afetam esses agregados, em geral, possuem efeitos inversos sobre o produto. Um aumento “autônomo” nas decisões investimento em capital, tende a elevar o produto. Um aumento autônomo nas decisões de poupar, tende a diminuir, em termos dinâmicos, o produto, porque o ajuste no investimento, para que I=S, será nos estoques não-planejados. Quem vive fora do quadrante alfa e já colocou um pé em alguma empresa de verdade (não estou falando daquela firma representativa do modelito de equilíbrio geral), sabe que quando os estoques elevam-se acima do planejado, corta-se a produção (e o emprego), com efeito negativo sobre o PIB. É justamente o que vem ocorrendo no momento nas montadoras, siderúrgicas, mineradoras etc brasileiras. Os críticos do marolinha dizem para todos pouparem mais e, i-n-c-r-í-v-e-l, o investimento não acompanha essa poupança maior (a não ser os “investimentos em estoques, num primeiro momento) e, mais i-n-c-r-í-v-e-l ainda, o PIB cai. E pensar que durante anos e anos fomos obrigados a aguentar o Fábio Giambiagi com aquela ladainha de que precisávamos aumentar a nossa taxa de poupança. Que taxa de poupança, cara-pálida? Precisávamos era aumentar o investimento.

    PS: por nossa sorte, a partir de 2011 não teremos mais que aturar essa conversa fiada, ganhe o Serra ou ganhe a Dilma.

  91. “O” As experiencia passada mostra que os repaçes da desvalorização do USD ocorrem no período de Janeiro,Fevereiro Março.

    As expectativas de inflação ainda estão fora da meta.

  92. “Mas, na Teoria Geral, o próprio Keynes escreve com todas as letras que a poupança é um “mero resíduo” (alguns professores de escolas heterodoxas repetem esse trecho ad infinitum nas aulas). Ou seja, ele postula uma relação de causalidade do investimento para a poupança.”

    Pela mesma lógica, Keynes poderia ter dito que o consumo é um mero resíduo e escrever uma equação da poupança…

    Mas esse debate, Adolpho, sobre investimento preceder a poupanca é brasileiro. Uma jabuticaba. Em nenhuma escola americana ou européia lê-se Keynes no original para se ensinar macro – pelo mesmo motivo que ninguem lê Newton no original para se ensinar física. (Seria estúpido assim o fazer!)

    E o que é pior, a vasta maioria dos pós-keynesianos tupiniquins são autistas econômicos que tentam usar modelos de economia fechada para explicar o Brasil.

    A estupidez é tamanha que alguns acham até que é possível haver um aumento substancial na taxa de investimento (digamos, via investimento publico, “espíritos animais” etc) sem mudar os incentivos para a poupanca e ainda assim não aumentarmos o déficit em conta corrente.

    Idiotas. É uma pena, mas nós nascemos em um país com muito sol, água fresca e idiotas.

    “O”

  93. “O De Long foi direto ao ponto: I=S por definição. Porém, as decisões privadas que afetam esses agregados, em geral, possuem efeitos inversos sobre o produto. Um aumento “autônomo” nas decisões investimento em capital, tende a elevar o produto. Um aumento autônomo nas decisões de poupar, tende a diminuir, em termos dinâmicos, o produto, porque o ajuste no investimento, para que I=S, será nos estoques não-planejados.”

    Agora explica para mim o que é uma decisão de investimento autônoma. Ou então, o que é uma decisão de poupar autônoma?

    O mais engraçado de nossos intchelectuais é que eles usam conceitos como investimento e consumos autônomos, que não passam de uma peça de retórica para ensinar alunos de primeiro ano de graduação e ainda conseguem respirar fundo e se sentir intchelectuais!

    “O”

  94. “Um aumento autônomo nas decisões de poupar, tende a diminuir, em termos dinâmicos, o produto, porque o ajuste no investimento, para que I=S, será nos estoques não-planejados.”

    Como minha cota de altruísmo de hoje já foi usada, não posso deixar de mencionar que o seu argumento não funciona em economias abertas.

    “Os críticos do marolinha dizem para todos pouparem”

    Sim, todos deveriam poupar, como você disse, “o que vem ocorrendo no momento nas montadoras, siderúrgicas, mineradoras” não tem nada a ver com demanda doméstica, mas sim com demanda externa. Nós fomos atingidos por um choque externo. Estamos mais pobres. Goste ou não. Se quisermos manter o mesmo nível de consumo que tínhamos quando nossas exportações eram vendidas 40% mais caro, é inevitável que vamos aumentar nosso endividamento e mais tarde ter que consumir e investir menos.

    ” E pensar que durante anos e anos fomos obrigados a aguentar o Fábio Giambiagi com aquela ladainha de que precisávamos aumentar a nossa taxa de poupança. Que taxa de poupança, cara-pálida? Precisávamos era aumentar o investimento.”

    Seu comentário é boçal e autista. Desde que o Giambiagi, aquele ser das trevas, dizia que deveríamos aumentar nossa taxa de poupança, nós pouco fizemos para aumentar essa taxa de poupança e surpresa, surpresa, não aumentamos significativamente nossa taxa de investimento (tanto nossa poupança quanto nosso investimentos estão entre os mais baixos da América Latina, que por sua vez, é muito inferior aos emergentes asiáticos). Como esse Giambiagi é maléfico!

    “O”

  95. Rafael,

    As experiências passadas de repasses da desvalorizações do USD não tem paralelo com a situação atual.

    É claro que haverá repasse, só que não na mesma proporção. Você não pode desconsiderar as outras variáveis. O hiato do produto está (ou estará) negativo e o crescimento da demanda agregada despencará, principalmente devido aos investimentos.

    Quanto às expectativas, elas estão muito bem ancoradas e convergindo para o centro da meta. Não é necessário, em um quadro como esse buscar o centro e só o centro. Além disso, rode qualquer modelo e você verá que as projeções de inflação para 2010 são ínfimas.

    É isso.

    Abs
    Caio Machado

  96. Se 1p.p. ou mais acontecer:

    i – O comite rasga todo e qualquer estudo sobre pass-through ja’ realizado (ignorando o repasse em t+9/12), e ainda por cima espera uma melhora nos termos de troca e consequentemente na capadcidade de importar;

    ii – Ou, tem algum dado (e tem que ser muito forte) que modifica significativamente o modelo de inflação, jogando a projeção deste ano lá para 3,5p.p., mesmo com os juros reais ficando em 5,XX;

    Sem falar no ineditismo de começar um processo de afrouxo monetário com 1p.p…deixa o ‘arrojo’ para o Hime e sua turma dos tempos de Garantia..

    Abs,

    Apollo Creed

    P.S.: Acho maior ainda a possibilidade de ser um fake do O.

  97. “O De Long foi direto ao ponto: I=S por definição. Porém, as decisões privadas que afetam esses agregados, em geral, possuem efeitos inversos sobre o produto. Um aumento “autônomo” nas decisões investimento em capital, tende a elevar o produto. Um aumento autônomo nas decisões de poupar, tende a diminuir, em termos dinâmicos, o produto, porque o ajuste no investimento, para que I=S, será nos estoques não-planejados”

    Ah, as delícias do primeiro ano de Economia! O mundo sem preços, sem taxas de juros e a certeza de, com seis meses de aprendizado, sabermos mais que todos os policy-makers!

    O mundo sem escassez. Invista que a poupança aparecerá (If you build it, they will come, como no filme do Kevin Costner).

    Eu sinto saudades deste tempo. Também sinto saudade do tempo que assistia “Jornada nas Estrelas” e sabia que estávamos no quadrante alfa.

    A diferença é que alguns crescem; outros acreditam em Papai Noel até bem mais tarde.

  98. E o que é pior, a vasta maioria dos pós-keynesianos tupiniquins são autistas econômicos que tentam usar modelos de economia fechada para explicar o Brasil.

    A estupidez é tamanha que alguns acham até que é possível haver um aumento substancial na taxa de investimento (digamos, via investimento publico, “espíritos animais” etc) sem mudar os incentivos para a poupanca e ainda assim não aumentarmos o déficit em conta corrente.

    só para constar: o texto que deu origem a essa discussão era o do DeLong espinafrando o Eugene Fama. No texto do Eugene Fama, a economia é fechada, a menos que você ache que a Terra agora está transacionando com o Quadrante Alfa. Portanto, sua muleta foi confiscada, cuidado para não cair na lama com o Fama (Ok, o trocadilho foi horrível, mas seus textos não foram capazes de me inspirar mais que isso).

  99. Voltando ao texto do Fama (no qual a economia é fechada): mudemos a equação S=I para S=FBCF + encalhe. O que acontecerá no período 2, no 3, no 4, no infinito, se os consumidores resolverem poupar “mais”. O motivo? Pode ser qualquer um: porque não gostam do Obama, porque o Irã vai construir uma bomba nuclear, porque os terrenos no Quadrante Gama são muito caros.
    Obviamente, no modelo em que você acredita, haverá sempre uma taxa de juros que igualará poupança e investimento (e pasme, sem fazer nenhum arranhão no PIB). O Friedman publicou trocentos papers dizendo isso e não vai ser você que vai contradizê-lo, né? Mas o que aconteceria se essa taxa de juros não existisse?
    Eu sei que estou dizendo bobagem porque qualquer livro de macroeconomia de primeiro ano, como lembrado pelo Alex, diz que I=S sempre. Ah, será que o Quadrante Gama tem lugar para guardar os nossos estoques (encalhes)?

  100. acabo de ver um colega de profissão do Sr. “O” no Jornal Nacional. Ele disse para as pessoas trocarem o jantar em restaurantes por piqueniques em praças e parques, por causa da crise.

  101. Ei anonimo, por que voce acha que eu nao condeno o que o Fama disse? Qual o seu problema mental? Heterodiotia? Eu fui bem claro que acho que o Fama nao entende nada de macro.

    Quanto aa discussao sobre poupanca e investimento, voce ainda nao entendeu quais as consequencias de se modelar uma economia aberta.

    Se voce nao suar para entender (ou buscar um livro texto que vai alem do primeiro ano da graduacao), eu sinceramente nao estou com paciencia agora para explicar para vagabundo.

    “O”

  102. “Obviamente, no modelo em que você acredita, haverá sempre uma taxa de juros que igualará poupança e investimento (e pasme, sem fazer nenhum arranhão no PIB). O Friedman publicou trocentos papers dizendo isso e não vai ser você que vai contradizê-lo, né? Mas o que aconteceria se essa taxa de juros não existisse?
    Eu sei que estou dizendo bobagem porque qualquer livro de macroeconomia de primeiro ano, como lembrado pelo Alex, diz que I=S sempre. Ah, será que o Quadrante Gama tem lugar para guardar os nossos estoques (encalhes)?”

    Você tem razão: está mesmo dizendo bobagem. Nada impede que a taxa real de juros que equilibra poupança e investimento (simultaneamente determinados, diga-se) seja negativa. É, em última análise, uma questão empírica, embora na maior parte do tempo, na maior parte dos casos, a taxa real de juros de equilíbrio seja positiva.

    Havendo expectativas de inflação suficientemente elevadas, este equilíbrio é compatível com uma taxa de juros nominal positiva. Se não for, aí há que se gerar expectativas de inflação positiva (o que foi explorado em http://maovisivel.blogspot.com/2008/12/quermesse-e-o-galinheiro.html).

    Se preços forem flexíveis, chega-se a este equilíbrio via queda imediata do preço corrente (mecanismo análogo ao overshooting de taxa de câmbio quando se trata de gerar expectativas de desvalorização da moeda).

    Se não forem (o caso novo-keynesiano), cabe à política monetária fazer sua parte.

    Ou seja, como sempre, a distinção relevante diz respeito à flexibilidade de preços. Não tem nada desta bobagem de “investimente autônomo” e “poupança autônoma” que você aprendeu no primeiro ano e ainda não conseguiu superar.

    Quanto ao quadrante gama, você precisa de um wormhole para chegar lá. Desconfio que, neste aspecto, você já tem metade do caminho percorrido.

  103. Caio:

    O argumento de todo mundo para cortar a taxa de juros é que a inflação convergirá para a meta, ou mesmo abaixo dela. Pode ser que seja o caso.

    Pode ainda ser o caso do repasse (pô Rafael, “repaçe” não!) cambial – que se manifesta entre 1 e 2 trimestres após a desvalorização – dar as caras e manter a inflação acima da meta.

    Eu não tenho dúvida que, se isto for verdade, os mesmos que defendem o corte de juros porque a inflação estará abaixo da meta este ano continuarão defendendo o corte de juros porque, afinal de contas, o BC não deve lutar contra o repasse (que hoje dizem não existir). Aí eu fecho com o Apollo: vira bagunça.

  104. Quanto aa SELIC, as expectativas estao convergindo para o centro da meta. Se considerarmos que a economia estah esfriando – e bem rapido, nao tenha duvidas vamos ter uma recessao no primeiro semestre desse ano – a tendencia eh que o repasse seja baixo. Daih a sugestao de se cortar os juros agressivamente (isto eh, 100-150 bp na proxima reuniao).

    “O”

  105. "Sobre o Eugene Fama: ele não foi o "criador" da teoria da agência, mas foi um dos que mais contribuiram teoricamente para o assunto."

    Engraçado. Na página do Fama ele não sugere isto. No seu CV há aplicações do problema de agente-principal a uma série de assuntos, mas não contribuições teóricas ao assunto (tavez você não saiba a diferença).

    Em quase nenhum livro-texto do assunto o trabalho de Fama referente a agente-principal é mencionado, mas uma série de trabalhos contemporâneos aos de Fama (primeira metade da década de 80) são, o que desmente a idéia que livros de fornteira só citariam os trabalhos mais recentes.

    A exceção é uma citação solitária no "The theory of incentives" (Laffont & Martinort (neste livro aparecem pelo menos 7 trabalhos do Stigltz e até o Oskar Lange é mais citado que o Fama.

    Por outro lado, em qualquer manual de finanças ele é exaustivamente citado. Não resta qualquer dúvida sobre a grande contribuição do Fama à teoria de agente-principal.

    Em bom português (meio difícil para um "autruísta" como você entender), blefou e perdeu.

  106. Alex economista ao meu vê não tem que saber escrever direito,tem que saber derivar e integrar.

    Bom em 2002 agente o Brasil teve esse problema,achou que a inflação estava dentro da meta,foi pego de surpresa depois.O que me deixa “puto” é que o BC as vezes aqui é visto como o responsável por emprego,crescimento da economia,inflação.

    Alex SE (eu disse se) Você estivesse na diretoria do BC qual seria sua posição a de Bevilaqua em relação ao corte dos juros.

  107. “Alex economista ao meu vê não tem que saber escrever direito,tem que saber derivar e integrar.”

    Imagino que seja uma opinião desinteressada, não?

    Bem, vou mudar seus incentivos.

    Nenhum comentário seu será publicado se não estiver de acordo com as regras da gramática (não posso mencionar gramática aqui que alguns já imaginam ter chegado a hora da refeição, mas me desviei do assunto).

    Capice?

  108. “não posso mencionar gramática aqui que alguns já imaginam ter chegado a hora da refeição”

    Essa foi boa… Deu ateh vontade de chicotear os quadrupedes mais um pouco… Nao vejo a hora de nosso anonimo primeiro-anista responder…

    “O”

  109. Quanto a minha opiniao sobre o proximo COPOM… Nunca eh demais lembrar a tchurma que nao sou um economista profissional debrucado sobre os dados da economia brasileira. Portanto, nas filigranas de politica monetaria ou previsoes, eu sento na segunda fileira para o Alex, o Adolpho e muitos outros aqui nesse boteco.

    Portanto, pode ser que o Alex tenha uma visao mais completa sobre o que esta acontecendo na economia real – a minha visao parcial eh que a derivada eh negativa e a segunda derivada tambem. Daih minha confianca que o repasse cambial vai ser diminuto e que existe espaco para uma politica monetaria mais agressiva.

    Abracos,

    “O”

  110. Sobre o currículo do Fama: não vou ficar discutindo o que é teórico e o que é aplicado em seus papers, até porque você teria que tê-los lido antes para discutir.
    Porém, como já havia dito, o Fama é um dos principais nomes do tema Teoria da Agência, principalmente no que tange à economia das organizações, embora não tenha sido o "criador" da idéia (assim como não foi o Lucas que "inventou" as expectativas racionais – alguém se lembra do Muth?)
    Entre seus papers sobre o assunto pode-se citar:
    "Agency Problems and the Theory of the Firm." 1980, JPE (esse eu li faz muito tempo) e
    "Separation of Ownership and Control." 1983, J Law & Economics.
    Na maioria dos compêndios de economia empresarial, existem reprints de artigos do Fama sobre a Teoria da Agência. Se você não conhece esse livros, deveria ter ficado quieto. Acho que não fui eu quem blefou…

  111. “mas foi um dos que MAIS contribuiram teoricamente para o assunto”

    “Porém, como já havia dito, o Fama é um dos PRINCIPAIS nomes do tema Teoria da Agência”

    Parece que o Laffont discorda, mas talvez o Mas-Collel desconheça a contribuição seminal do Fama à Teoria da Agência.

    E, de qualquer forma, faço minhas as palavras do “O”. O sujeito pode ser um brilhante teórica de equilíbrio geral, teoria dos jogos, ou econometria. Falando de macro o que ele diz vale o mesmo que você, i.e., nada.

  112. Parece que o tio “O” nao errou muito ao recomendar o corte de 100bps na SELIC. A pesquisa Focus mostrou convergencia das expectativas inflacionarias para o centro da banda.

    Minha teoria quanto ao corte eh que se o Bacen cortasse 50-75 bps, pareceria um corte forcado politicamente, sinal de fraqueza do COPOM. Ao cortar 100 bp de uma vez soh, surpreendendo o mercado, o COPOM passou adiante o sinal que a tendencia da inflacao eh de queda. O corte de 100bp revelou informacao ao mercado.

    “O”

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