As verdadeiras múmias que esqueceram o Museu. E a caneta vermelha do Cacalo em ação.

Depois de ouvir as entrevistas com todas as autoridades envolvidas, chega-se facilmente à conclusão de que o único culpado pelo incêndio no Museu Nacional foi o fogo – ou, quem sabe, as peças – todas fizeram o que lhes cabia, nenhuma foi omissa ou incompetente.

 A pergunta que deve ser feita: se, no país, não há preocupação com o presente e o futuro, basta ver o resultado do Ideb, não seria demais esperar que cuidassem do passado? A coisa por aqui é pôr a culpa no ocupante da vez se esquecendo de que nada fizeram quando estavam no Poder.

Haddad fala em descaso, se esquecendo de que foi ministro de Lula e que o PT esteve no Planalto durante 14 anos, não fez nada pelo Museu Nacional e cita os incêndios no Instituto Butantan e no Museu da Língua Portuguesa ; Alckmin fala em zelar pelo patrimônio, mas não fez isso, sob sua gestão aconteceram os dois incêndios citados pelo boneco de ventríloquo; Boulos, cínico, atribui a culpa a Temer. E, lógico, silêncio total da parte de bolsonaro, Cultura é assunto estranho a ele.

 Incompreensível sob qualquer ponto de vista a tentativa de manifestantes de invadir a área em que está o que restou do Museu, o abraço não poderia ficar para o dia seguinte? Era tão urgente que não perceberam que iriam atrapalhar os bombeiros, causar a ruína total? Manifestação de solidariedade causando tumulto e exigindo interferência da polícia, aumentando a confusão no que já estava pra lá de confuso? Tenham dó, baixou o espírito das torcidas organizadas.

 Na Folha de S.Paulo (3), pág.A2, “Verborragia perigosa”. Esquerda – se é que se pode chamar o PT disso – e a ultradireita têm muito em comum. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2018/09/verborragia-perigosa.shtml

 Nas mesmas edição e página “A chegada da geração Z”, https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2018/09/a-chegada-da-geracao-z.shtml

 (CACALO KFOURI)

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No Estadão

Hamilton dá show e irrita os torcedores da Ferrari

Inglês é hostilizado ao subir no pódio do GP da Itália. Ele venceu a prova pela quinta vez e abriu 30 pontos de Vettel

Obs.: – Selvageria de torcidas é doença universal, mais parecem ser as hordas de Gengis Khan.

Clãs tentam se manter no Poder após Lava Jato

Mesmo com pais presos, os filhos de Sergio Cabral e de Eduardo Cunha concorrem a cargos eletivos; ‘Garotinhos’ e ‘Piccianis’ reforçam quadro

Obs.: – Mas não há chance de serem eleitos, né mermo? O eleitor diz, na Globo, que deseja um país melhor. É só ver como um candidato que não pode disputar as eleições por estar preso, condenado por corrupção, está mal nas pesquisas…

 Campanha ao lado de Renan Calheiros

 Vice(*) na chapa petista, Fernando Haddad passou ontem por Alagoas, onde concedeu entrevista ao lado do senador Renan Calheiros e do governador do Estado e candidato à reeleição, Renan Filho, ambos do MDB.

(*) Primeira vez na história mundial que um vice é vice dele mesmo. E, como todos os outros candidatos, ulula contra malfeitos e só anda em boa companhia.

 Onda anticorrupção é o que mais impulsiona Bolsonaro

 Pesquisas indicam que o principal combustível do bolsonarismo não é o medo da violência, mas o moralismo – que, hoje, se confunde com o antipetismo

Obs.:- Na verdade, é onda sem noção, basta ver com quem se alia para notar que a noção dele e de quem pretende elegê-lo sob esta bandeira não ornam.

 Aliás

 Sai uma nova edição de ‘Humilhados e Ofendidos’

 Se nos lembrarmos das agruras da família Marmieládov, em Crime e Castigo (1866), teremos em mente um pai alcoólatra que caminha junto à fronteira tênue (e sumamente dostoievskiana) entre o sadismo e a culpa, já que seu vício é mantido (às custas)(!!!) da prostituição da filha Sônia.

(!!!) Seria ótimo se o cara-pálida lembrasse que é “à custa”, “custas” é assunto judiciário.

 (…). É como se o homem do subsolo, (anti)(*) herói de Memórias do Subsolo (1864), nos sussurrasse que é preciso escarafunchar a solidariedade para com os humilhados e ofendidos, (…).

(*) É anti-herói, portanto (anti-)herói.

 Obs.: – Tristes erros cometidos em caderno dito de Cultura.

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No Blog do Ancelmo (Gois)

 Mundo tão desigual

Acredite. Pais de uma tradicional academia na Tijuca se reuniram e fizeram um abaixo-assinado exigindo que três crianças bolsistas fossem retiradas das aulas de jiu-jítsu. Esses meninos, moradores do Salgueiro, não pagam(*) pelas aulas porque faziam(*) parte de um projeto social da academia. Parece preconceito. E é.

(*) Não pagam ou não pagavam? Faziam ou fazem? Não está claro na notícia se a exigência foi acatada, o que está evidente é  o preconceito social e, quem sabe, junto com o racial. Lei Afonso Arinos neles! Pode existir mais coisas por trás disso, jornalistas, acordem!

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Na Folha

A presunção de inocência (frente à)(!!!) prisão processual

(!!!) Vixi santa, que desastre! Não existe frente a, muy menos frente à, é ante a (sem crase), diante da, em relação a, à. Já em frente à casa em que tenho gramáticas existe.

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No UOL

Responsabilidade por museu “não é exclusiva” do governo Temer, diz ministro da Educação

Obs.: – Claro que não, mas precisava usar a mesma justificativa do estilo da dos adversários, “nós não fizemos o que devíamos, mas “eles” também não”, “sim, roubamos, mas “eles” também e estão soltos”?

Argentina anuncia imposto sobre exportações e corte de gastos, mas não acalma mercados

Obs.: – A saída que nunca funciona, só piora o que já não está bom. Mas, parece, governantes não conhecem história.

 Após encontro com Lula, PT decide recorrer à ONU e ao STF por candidatura

Obs.: – Quosque(*) tanden PT abutere patientia nostra. Esta atitude parece a dos entreguistas apoiadores do golpe de 1964, pediam intervenção estrangeira, a dos Estados Unidos. O Brasil, querendo ou não, é uma democracia, todas as normas legais foram cumpridas nos vários julgamentos de Lula, o pedido não passa de uma tramoia para que ele não saia do noticiário até o dia véspera do prazo fatal concedido pelo TSE e, então, registre a chapa com o boneco de ventríloquo como cabeça e Manuela D’Ávila – com D, como está em seu perfil oficial – de vice. É sempre bom lembrar que nem Lula e nem Dilma assinaram o protocolo que teoricamente obrigaria o país a obedecer determinação da ONU, o que foi assinada sob o prisioneiro foi a Lei da Ficha Limpa, que, agora, não quer respeitar.

(*) Em alguns livros consta Quo usque, no meu, dos tempos do ginásio, está como escrevi.

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No ntv

Igreja Universal corta R$ 120 milhões da verba de TV e ameaça emissoras

 Obs.: – Mas, em compensação, ficaremos livres da charlatanice, troca justa, pois a emissora que não sobreviver sem merecerá o seu fim.

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1 thought on “As verdadeiras múmias que esqueceram o Museu. E a caneta vermelha do Cacalo em ação.

  1. “A vida é uma tragédia quando vista de perto, mas uma comedia quando vista de longe.”
    Charlie Chaplin

    Patrimônio histórico e cultural destruído pelo descaso, incompetência e até mesmo décadas e décadas de “pequenas” corrupções. Não tem como ser “readquirido”, mas será fácil gerar verbas para a reconstrução do prédio do Museu Nacional, que passará a colecionar obras artísticas e peças da história contemporânea do Brasil. Por exemplo, as obras do acervo do Queer Museu; mechas de cabelos do parlamentar Tiririca; par de chuteiras que causava quedas do Neymar; coleção de livros de cabeceira do Lula; máquina estocadora de vento da Dilma; manuscritos da peça teatral de autoria de Lewandowski e Calheiros, “A Única Vítima do Impeachment, Dilma”; coleções completas das obras de Pablo Vittar e Jojo Todynho e, não poderia faltar o vídeo do Loures correndo com a mala de dinheiro “JBS”, que pôs um fim nas pretensões políticas e patrimoniais de Temer e Aécio.

    Concluindo,

    “A humanidade não se divide em heróis e tiranos. As suas paixões, boas e más, foram-lhe dadas pela sociedade, não pela natureza.”
    Charlie Chaplin

    AHT
    04/09/2018

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