nem o coelho

Nem o Coelho parou o Galo! Blog do Mário Marinho

nem o coelho

 Como é do conhecimento de todo o mundo, vasto mundo futebolístico, Coelho e Galo são as mascotes do América e do Atlético, símbolos criados pelo chargista Mangabeira para a Imprensa mineira na década de 1940.

Durante anos, até a inauguração do Mineirão em 1965, o futebol mineiro teve no encontro de Atlético e América seu ponto culminante. Não à toa, o jogo foi batizado de “Clássico das Multidões”.

Com o Mineirão, o Cruzeiro, dirigido pelo competente Felício Brandi, deu um salto qualitativo e se tornou o maior e melhor time de Minas, atravessando as montanhosas fronteiras do Estado com as conquistas do time que tinha Tostão, Dirceu Lopes, Natal, Piazza, Raul que conquistou também fama internacional.

O América, muito amado e mal dirigido, caiu para terceiro lugar guardando abissal distância do segundo colocado.

Hoje a história do futebol mineiro tem outras cores.

O outrora grande Cruzeiro foi tomado por uma chusma de dirigentes que trocou a competência pela desonestidade e jogou a Raposa para a Série B do Brasileirão, com ameaças de cair para a Série B.

Sobrou a vaga de segundo colocado para o meu América que vai se defendendo, com a pouca estrutura que tem; porém, ao que consta, com dirigentes capazes e honestos.

Claro que pensar no América como capaz de parar o Atlético, só vale como brincadeira ou esperança de um coração muito apaixonado.

Na real, a situação é a que se apresenta.

O Galo não é só o melhor time de Minas, mas do Brasil.

O América endureceu o jogo o quanto pôde.

O Mineirão relembrou o antigo “Clássico das Multidões”, recebendo um público de 62 mil torcedores, o melhor público do Brasileirão 2021.

Agora, o Galo soma 65 pontos ganhos, 10 a mais que o vice Palmeiras, ambos com 30 jogos, e 12 a mais que o Flamengo que tem dois jogos a menos. O Mengão tem potencial, portanto, para assumir a vice liderança, mas, mesmo vencendo esses dois jogos, não alcançará o Atlético.

Assim, se a carruagem se mantiver nessa toada pelo acidentado terreno do futebol que ainda falta percorrer, o Galo chegará ao título brasileiro, façanha que conseguiu apenas uma vez em sua história, em 1971, na vitória sobre o Botafogo, no Maracanã, por 1 a 0, gol de Dario.

Veja a imagem:

Tarde

na praia

O Palmeiras foi à cidade de Santos enfrentar o time que um dia foi de Doval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe como quem vai à praia.

Como se estivesse passeando pelo belo jardim da orla santista, os comandados do português Abel Ferreira venceram por 2 a 0 e poderiam ter goleado. Para chegar a uma goleada estava muito fácil. A começar com os dois gols anulados pelo VAR, com justiça e por pequeninos detalhes.

Não fossem esses mínimos detalhes, os 4 a 0 fariam justiça à diferença técnica entre os dois times.

O Santos se resume a dois jogadores: o goleiro João Paulo e o atacante Marinho.

João Paulo está sempre segurando a barra do time santista e evitando vexames.

Já o atacante Marinho, apesar do imponente nome, é de uma irritante irregularidade: tem mês que joga, tem mês que não joga.

Mês passado, por exemplo, não jogou nada.

Neste novembro azul, por enquanto, nada.

Assim, o técnico Carille vai ter que fazer das tripas o coração para evitar que o bicampeão mundial Santos acabe na Série B.

Deus queira que não – mas Deus tem preocupações maiores neste mundo vasto mundo, como já cantou Drummond, nosso poeta maior.

Enquanto isso, o esperto técnico Abel Ferreira, que não é unanimidade no Parque Antártica, vai se preparando para o jogo de sua vida, contra o Flamengo na tarde do próximo dia 27, em Montevidéu, na decisão da Libertadores.

Veja os gols do fim de semana:

Parreira

e a Copa do Mundo

Conheci Carlos Alberto Parreira em 1969, quando ele passou a fazer parte da Comissão Técnica que preparou – e muito bem – a Seleção Brasileira que conquistou o tri mundial no México.

Reencontrei Parreira em 1983 quando eu e o saudoso Roberto Avallone (exclamação!!!) fomos ao Rio de Janeiro entrevistá-lo para o Jornal da Tarde.

Parreira tinha acabado de assumir o comando da Seleção, cargo que ocupou durante um ano.

Fiquei impressionado com o conhecimento histórico que Parreira tinha do futebol.

Ultrapassou o conhecimento que do Avallone, capaz de lembrar jogos, escalações, gols de jogos antigos.

E o Parreira tinha também o conhecimento teórico da evolução tática do futebol.

Passei a admirá-lo.

Leio hoje entrevista do Parreira ao caderno de Esportes do Estadão.

Parreira está aposentado e continua apaixonado pelo futebol.

Como se sabe, a Fifa está querendo transformar a Copa do Mundo numa competição de 48 times disputada a cada dois anos.

Parreira é contra.

Eu também.

Nossos argumentos são os mesmos.

Uma competição com 48 times não vai assegurar melhoria de nível técnico. Além disso, provocará um grande problema logístico: serão necessários 48 centros de treinamentos, 48 hotéis/concentração, 48 torcidas a serem acomodadas com os problemas que trazem as multidões de torcedores.

E qual o ganho?

Aparentemente, só o político, já que o econômico pode ser consumido com o aumento das despesas.

Copa do Mundo a cada dois anos vai banalizar a competição.

É preciso um tempo, quatro anos, entre uma competição e a outra para que se crie expectativa entre os torcedores. Para que provoque saudade.

Espero, assim como Parreira, que os dirigentes da América e da Europa, maior força política, tenham um pouco mais de juízo que o dirigentes da Fifa.

Marília

Mendonça

A sofrência tomou conta do País.

Ninguém ficou indiferente à triste morte dessa espetacular pessoa e cantora que nos deixa de forma tão trágica.

Abaixo, imagens de algumas homenagens do mundo do futebol à Marília Mendonça.

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
 NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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1 thought on “Nem o Coelho parou o Galo! Blog do Mário Marinho

  1. MMarinho. O futebol brasileiro anda capengando por falta de regularidade quanto a qualidade em pelos menos quatro times, assim considerados os melhores do momento. O resto, um amontoado de dar dó. Quanto ao Parreira, um belo teórico, teve o seu momento tb em um bom momento de nosso futebol. A Marília Mendonça, fora da minha geração e de meu gosto musical. Confesso que nada conhecia a seu respeito. Lamento a perda de vidas nesse desastre. Abç

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