ritmo de Copa do Mundo

Em ritmo de Copa do Mundo. Blog do Mário Marinho

ritmo de Copa do Mundo

A vitória fácil sobre a Coreia do Sul na última quinta-feira, 5 a 1, passou, principalmente para os mais desavisados, a impressão de que o jogo contra o Japão seria também moleza.

Enganou-se quem pensou assim.

O Japão tem hoje o melhor futebol do Oriente – ou, pelo menos, um dos melhores.

O País do Sol Nascente já disputou seis Copas do Mundo.

Além disso, no time que enfrentou o Brasil hoje, 9 dos 11 titulares jogam no futebol europeu.

Assim, a dificuldade encontrada pelo Brasil tem lá suas razões.

Além da velocidade que já era característica dos times japoneses, o time mostrou rígida obediência ao esquema tático escolhido pelo técnico.

E qual foi esse esquema: forte defesa o tempo todo e contra-ataques em velocidade.

Assim, pode-se dizer, sem medo de erro, que o jogo da manhã desta segunda-feira foi em ritmo de Copa do Mundo.

Neymar, que teve hoje atuação mais efetiva do que no jogo contra a Corea, vai ser marcado assim: falta em cima de falta.

Os adversários, com raras exceções, adotarão forte esquema defensivo. Hoje, em vários momentos, os japoneses ficaram com seus 11 jogadores em seu próprio campo.

Caberá ao Brasil achar caminho entre o emaranhado de pernas que terá pela frente.

Se o Japão foi muito mais adversário do que a Coreia, o Brasil mostrou também mais empenho, foi mais efetivo, criou jogadas, apesar do pouco espaço, e a defesa respondeu quando necessário.

Tite aproveitou para fazer diversas substituições já ao final do jogo.

Em minha opinião, ele deveria ter dado chance ao Danilo, jogador do Palmeiras, que tem acumulado excelentes exibições em seu time.

O saldo dos dois amistosos foi positivo, embora, a Seleção continue devendo uma exibição memorável, daquelas de encher os olhos e fazer com que a gente acredite que o futebol brasileiro, aquele de muitas conquistas, ainda está vivo, apesar de hoje não termos mais aquela profusão de craques como se viu, pelo menos, até a conquista do penta, na Copa do Japão.

Veja os melhores momentos:

https://youtu.be/4mg45oEeI6w

Os melhores em campo.

Mas, e o futebol?

Preparei-me para assistir ao clássico deste domingo no Brasileirão.

Palmeiras x Atlético.

Era o caso de se exigir – ou esperar – pompa e circunstância.

Afinal, dois dos melhores e mais badalados dos três times do futebol brasileiro estariam em campo. O terceiro braço dessa trindade estava no Rio, onde enfrentou o lanterna Fortaleza. E perdeu.

Os primeiros 15 minutos do jogo na arena Allianz Parque prometeram.

Eram dois times se lançando ao ataque, em busca do gol adversário, o que é a razão de ser do futebol.

Até o juiz, nesses momentos, mostrou-se à altura, não entrando na encenação de alguns jogadores e deixando o jogo correr.

Porém, à medida que o jogo foi se desenrolando, o futebol foi se desmilinguindo.

Talvez, com medo um do outro, passaram a fazer ou simular faltas que foram facetando o ritmo do jogo.

O Palmeiras, por pura falta de sorte, perdeu Rafael Veiga, uma das principais estrelas do firmamento verde logo aos 13 minutos de jogo.

Sensível perda, sem dúvida, mas, que não deveria prejudicar tanto o desempenho da equipe.

Esperei que para o segundo tempo, os times voltassem com outra disposição.

Afinal, lá no vestiário, os técnicos poderiam – e teriam como – convencer a cada time que a vitória poderia ser sua.

E a vitória, no caso, valeria a liderança do Brasileirão.

Qual o quê!

Nem o eficiente Abel Ferreira, pelo lado Verde, e Antonio Mohamed, pelo lado Alvinegro, não conseguiram ou não tentaram melhorar o desempenho.

O grande Hulk se eclipsou em campo e não apareceu outro para lhe tomar o protagonismo.

Do lado do Palmeiras, Dudu sumiu de um lado e do outro Roni fez mais trapalhadas do que acertos.

Assim, para quem se preparou, nem pompa nem circunstância.

O Corinthians, que venceu seu jogo no sábado, e os corintianos agradecem e continuam líderes.

O jogo entre Palmeiras e Atlético pode ser resumido nesse vídeo abaixo, que me foi enviado pelo meu sobrinho Bruno Peixoto, um ardente atleticano que mora em Lisboa.

Veja os gols do Fantástico:

https://youtu.be/HuYBLYWTI7g

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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