bola parada

A tal de bola parada. Blog do Mário Marinho

bola parada

Atlético de Goiás e São Paulo fizeram um jogo que foi do morno ao quente e ficou na temperatura média de um bom jogo.

O São Paulo venceu por 2 a 1 e deu um salto imenso na tabela de classificação e está perto da zona de classificação para a Libertadores.

Claro, são números de agora que não podem servir de base para um futuro desse incerto e instável São Paulo. Com certeza o torcedor gostou do que viu neste domingo.

Mas eu gostaria de falar sobre bola parada.

É comum ouvirmos ou lermos nos noticiários esportivos a expressão: “gol de bola parada”.

Nada mais inaplicável do que essa expressão. Simplesmente porque se a bola está parada, ela jamais vai ultrapassar a linha do gol e, portanto, não existe gol de bola parada.

Mas, é claro, trata-se do gol que teve sua origem em uma bola parada.

A bola parada, qual for a circunstância, oferece uma gama de soluções, de jogadas ensaiadas, tanto na defesa quanto no ataque.

E são tantas as oportunidades que aparecem, e tão poucas são efetivamente aproveitadas.

O segundo gol do São Paulo, ontem, nasceu de uma bola parada.

A cobrança de um lateral.

Foi cobrado o lateral, houve um bate-rebate e a bola sobrou para Luciano marcar o gol da vitória.

Ele estaria impedido não fosse o fato de a bola ter chegado até ele através de um adversário. Veja bem: não foi o fato de a bola ter tocado num adversário, porque isso não tira impedimento. Foi, sim, um passe do adversário.

Por que o jogador do São Paulo cobrou o lateral lançando a bola na área?

Elementar, meu caro Watson, diria Sherlock Holmes: é lá, na chamada Zona do Agrião, que acontecem as coisas. Noventa por cento dos gols acontecem ali dentro.

Na cobrança de uma falta, sobra tempo para que os jogadores se coloquem, se posicionem para receber a bola.

Mas, aí, cobra-se o escanteio com toque curto para trás, o jogador que recebe a bola toca mais para trás ainda e o adversário respira aliviado, pois a bola foi para longe de sua área perigosa.

Ou, então, como se vê muito na Seleção Brasileira, o jogador mais perigoso, o mais caçado de todos, Neymar, vai cobrar o escanteio e fica fora da área de tumulto.

Por que Neymar tem de cobrar o escanteio?

Não faço ideia.

A bola parada permite as jogadas ensaiadas. Uma arma muito forte.

Mas não sei se por falta de imaginação dos técnicos ou dos jogadores ou a falta de tempo para treinar, não sei qual o motivo, mas a bola parada é desperdiçada.

Lembro-me de Telê Santana dirigindo o Palmeiras. Os escanteios tinham dois cobradores: Baroninho e Jorginho.

Um muito técnico, Jorginho, e outro com uma pancada nos pés, Baroninho.

Mas, na hora de cobrança de escanteios, um cobrava do lado esquerdo e o outro do lado direito.

Cobravam na cabeça de um atacante que se colocava, mais ou menos, no bico da pequena área. Este apenas espanava a bola, toque sutil, mas eficiente o bastante para atrapalhar o zagueiro e na medida para o atacante que entrava de surpresa e cabeceava. Era jogada mortal.

Não temos hoje exímios cobradores de falta – de longa ou de curta distância.

Aqueles que o torcedor já começava a comemorar antes da cobrança.

Um Zico, por exemplo, um Juninho Pernambucano, um Rivelino, um Nelinho, um Marcelinho Carioca, um Rogerio Ceni, um Ronaldinho Gaúcho… claro, e um Pelé.

Então, senhores treinadores.

Que tal a jogada ensaiada para substituir aquele que sabia colocar a falta numa cobrança de falta ou o dono de um petardo, como Rivellino, que na Copa de 1970 ganhou dos mexicanos o apelido de “Patada Atômica”?

 Colocando as

coisas no lugar

O Brasileirão começa a tomar a forma que todos esperavam ou esperam.

O Palmeiras, mesmo sendo derrotado, permanece como líder.

Atlético e Flamengo já vão se aproximando do Verdão.

O Corinthians, com seu time misturado, foi goleado pelo Fluminense, 4 a 0, e vai se distanciando dos primeiros lugares.

Sei que o meu neto, o Vini, não vai gostar, mas a verdade é que o Corinthians não tem time nem elenco para ficar nos primeiros lugares.

É verdade também que o Fluminense não tem esse time para enfiar quatro no Timão.

Mas são coisas da vida. E do futebol.

A derrota do Palmeiras foi inesperada e explicável: é um absurdo que um time que finaliza 35 vezes durante o jogo não consiga marcar um golzinho sequer.

Paris

é logo ali

Na bela e charmosa Paris, um acontecimento mexe com o mundo do futebol: Neymar se reapresenta no PSG.

Seria uma notícia corriqueira, própria de inícios de temporada, não fosse a notícia que vazou neste final de semana. Segundo a Imprensa francesa, o craque brasileiro já foi informado que não está mais nos planos do PSG.

Segundo a mesma Imprensa, Neymar está se defendendo.

Há uma cláusula no seu contrato que permite a renovação automática de seu contrato por mais uma temporada.

Assim, se a dispensa foi confirmada e Neymar resolver lançar mão dessa cláusula, o PSG terá que pagar um ano de contrato, o que equivale a mais ou menos R$ 264 milhões.

Esta, sim, é briga de cachorros grandes.

Veja os gols do Fantástico:

https://youtu.be/QYYEC9rzywA

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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