heroica classificação

A heroica classificação. Blog do Mário Marinho

heroica classificação

Foi bonita. Mais do que bonita, foi linda.

Foi vibrante.

Emocionante.

Arrancou lágrimas.

Arrancou sorrisos.

Fez-se justiça.

Tudo isso e muito mais pode ser dito da conquista do Palmeiras na última quarta-feira, quando terminou o jogo com nove jogadores e suportou a pressão do forte Atlético Mineiro e levou à decisão nos pênaltis ou, como denomina a Fifa, “Decisão através da cobrança de tiros diretos a partir da marca penal”.

Foi triste, muito triste.

O fim de um sonho depois de tanta luta.

Foi uma noite terrível para o garoto Rubens, 21 anos, que perdeu o pênalti que significou a derrota do Galo. Na véspera do jogo, o Atlético prolongou seu contrato, que terminaria em dezembro de 2023 para até dezembro de 2025, mostrando a confiança no futuro do menino Rubens.

Foi terrível aquela noite de quarta para quinta-feira e assim serão ainda muitas outras, repetindo sempre, sempre o mesmo filme.

São essas as emoções contraditórias – vitória-derrota, alegria-tristeza – que despertaram a fantástica decisão da quarta-feira.

Uma noite que teve de tudo, de bom futebol às duas expulsões de jogadores palmeirenses, em minha opinião justas.

Aliás, até a arbitragem segura do colombiano Vilmar Roldán contribuiu para o espetáculo.

O jogo seguia parelho até aos 29 minutos do primeiro tempo, quando Danilo foi expulso por entrada violenta.

Os momentos que se seguiram foram de crescimento do Galo.

Nos vestiários, o competente Abel Ferreira, deu uma arrumação no seu time que voltou a equilibrar o jogo, mesmo tendo um jogador a menos.

Mas, na reta final, aos 37 minutos, foi a vez de Scarpa, que atravessa ótima fase no Verdão, ser expulso.

Aí foram momentos de angústia e de brava resistência para o Palmeiras.

Final: 0 a 0.

E cobrança de pênaltis.

É aí que, ao contrário de muitos, eu não considero loteria, não considero que pode dar qualquer resultado.

Para mim, pênalti se bate com a cabeça: quem está com a melhor cabeça sempre vence.

E essa decisão deixa todo mundo tenso, de um lado e de outro; torcedor deste e daquele time – e até quem não torce para nem um dos dois.

É tudo muito rápido e decisivo.

Você vibra com o pênalti convertido para o seu time. Você vibra e comemora. Mas, na sequência, você já tem uma cobrança contra o seu time e é obrigado a torcer contra o batedor e a favor de seu goleiro.

Como diria o filósofo Roberto Carlos Braga, são tantas as emoções.

Ao final considerei o resultado justo.

O Atlético jogando quase todo o primeiro tempo com um jogador a mais e os minutos finais do segundo tempo com dois jogadores, repito: dois jogadores a mais, não soube ou não teve forças para chegar ao gol adversário.

Do outro lado, o Palmeiras, duas vezes abalado, se reorganizou e resistiu. E as duas expulsões do Verdão não foram expulsões triviais, foram dois jogadores importantes no time: Danilo e Gustavo Scarpa.

E o Atlético ainda teve uma expulsão: o inconsequente Vargas, aos 50 minutos de jogo, mas aí não havia mais tempo de nada.

Era tempo de emoções.

Veja os principais lances:

https://youtu.be/eBb5_cvDKCI

Agora, os pênaltis:

https://youtu.be/lv7fQkNNn7U

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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