não era nada disso

Não, não era nada disso. Blog Mário Marinho

ESPECIAL COPA CATAR 2022

 

 

 

não era nada disso

Todos os torcedores brasileiros – e simpatizantes – sabiam que o jogo contra a Croácia não seria fácil.

A Croácia vem de um vice-campeonato mundial (na Copa da Rússia, 2018), traz jogadores daquela Copa e soube fazer a mescla para a renovação.

É um time de jogadores fortes, velozes e que nunca apela para a violência. Tem um craque: Modric.

Luka Modric tem 27 anos, foi eleito o Melhor do Mundo em 2018 e há 10 anos é titular do Real Madrid.

É um perfil para se respeitar.

Além disso, a Seleção da Croácia tem o dom da resiliência: acredita, acredita, e segue acreditando mesmo quando as chances são pequenas. Ou parecem pequenas.

Para esse jogo, o que mais se esperava é que fosse um duelo de alto nível.

E foi.

O Brasil fez um primeiro tempo bem abaixo de suas possibilidades ou das expectativas criadas.

Os lances mais perigosos foram do ataque brasileiro. Foram pelo menos dois ou três ataques em que a chance de marcar um gol estiveram nitidamente presentes.

O segundo tempo foi todo do Brasil que continuou criando chances de gols que, quase sempre, paravam no excelente goleirão Livakovic.

Mas o gol não saiu.

Nos últimos minutos do segundo tempo, a Croácia visivelmente fez cera, evidenciando a sua confiança na vitória em possível prorrogação.

E a prorrogação veio.

O Brasil continuava melhor em campo e com Neymar se apresentando mais para o jogo.

Até que aos 16 minutos do primeiro tempo da prorrogação, Neymar marcou um golaço, com direito até a drible no goleiro. Gol de craque.

Pensamos – nos torcedores e possivelmente alguns dos jogadores – que a fatura já estava liquidada.

A Croácia encheu seu time de atacantes grandalhões.

O Brasil se defendeu.

E, quando faltavam três minutos para acabar o jogo, a Croácia empatou.

Fomos para a prorrogação em situações diferenciadas.

A Croácia estava em alto astral porque havia escapado da eliminação, ganhara sobrevida.

O Brasil, ao contrário, estava em baixa ao deixar escapar a classificação que estava tão perto.

E esse clima foi para as cobranças de pênaltis, com o Brasil perdendo a primeira cobrança.

Se já estava pesado antes, agora ficou impossível de carregar.

O experiente e ótimo zagueiro Marquinho mandou na trave a cobrança que nos desclassificou.

É duro, é uma dor muito forte, doída pra caramba.

Mas eu não sou de procurar culpados.

A defesa do Brasil deu bobeira ao permitir o contra-ataque que deu no gol de empate da Croácia.

Tite mexeu no time.

Durante o jogo, tirou Vinicius Jr e colocou Rodrigo em seu lugar. Tirou Raphinha e colocou em campo Antony.

Colocou também Alex Sandro e Fred em campo.

Foram mexidas corretas.

Não, Tite não é o culpado.

Não existe um culpado.

Aliás, já ouço os críticos dizendo que Neymar não quis bater pênalti. E também que Tite é que não quis mandá-lo cobrar.

As coisas, dentro de campo, não funcionam assim. Os jogadores se reúnem naquela rodinha que todos nós vimos pela televisão e ouvem os jogadores para saber quem está mais a fim de cobrar.

Outra coisa: normalmente, o melhor cobrador de pênalti é reservado para cobrar o último que, geralmente, é aquela cobrança mais carregada de responsabilidade e de emoção.

Repito: não existe um culpado.

Talvez, quem, sabe os astros que não se alinharam para mandar para a nossa Seleção forças de fora desse Mundo?

É, pode ser.

não era nada disso

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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