Pura adrenalina

Por Bruno Thys

…Esta história do teleférico do Alemão é um exemplo de gestão no limite do escândalo com data e hora marcada…

Opinião publicada em post na página do Facebook do autor, em 7 de janeiro de 2016

Admiro a capacidade de nossos governantes de viverem perigosamente, de procurarem conscientemente o perigo. Seriam excelentes personagens de anúncios de energéticos, tipo Red Bull. Esta história do teleférico do Alemão é um exemplo de gestão no limite do escândalo com data e hora marcada. A boa matéria do Luiz Gustavo Schmitt hoje no Globo revela o seguinte:

– A Supervia vai sair do negócio porque é deficitário. Recebe 3 milhões/mês e diz que a conta não fecha

– Para o lugar dela foi escolhida, através de licitação, empresa do jovem advogado Thiago Cedraz, que vem a ser filho do presidente do TCU, Aroldo Cedraz

– A empresa do advogado Cedraz para operar o teleférico do Alemão foi aberta em abril do ano passado.

– O teleférico foi construído com recursos do PAC, custou 253 milhões. O TCU é responsável pela fiscalização do repasse de verbas da união aos estados e municípios

– Apesar de pouca idade, o advogado Cedraz já é alvo de inquérito de gente grande: foi denunciado por um delator de peso na Lava Jato, Ricardo Pessoa da UTC: embolsaria 50 mil por mês pra zelar pelos interesses das empreiteiras junto ao TCU, presidido pelo pai.

– A empresa do advogado já controla o teleférico do Morro da Providência. Foi contratada sem licitação pelo consórcio do qual fazem parte…Odebrecht e OAS, mais sujas do que pau de galinheiro

– Cedraz vai receber 2,7 milhões mensais pelo serviço. A Supervia recebe 3 milhões e está deixando a concessão porque diz que a operação é deficitária

Bruno Thys – é jornalista

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