dando que se recebe

POR BENJAMIM CAFALLI

É dando que se recebe… A máxima do governo?

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POR BENJAMIM CAFALLI

 

É dando que se recebe

Este é um trecho da Oração de São Francisco de Assis – “Fazei que eu procure mais consolar que ser consolado; compreender que ser compreendido; amar que ser amado. Pois é dando que se recebe” – que foi totalmente desvirtuado por um antigo “paralamentar”, um deputado federal arenista  de nome Roberto Cardoso Alves. Para ele – e é um hábito que prevalece até hoje – o “dando” significava comprar apoio para algo de interesse do governo ditatorial de então.

Em 1985 terminou o terrivel regime mas não o triste hábito. O problema que acontece hoje é que o “dando” não está funcionando a contento, o “recebe” transformou-se em um fracasso, às vezes em pedidos de mais “dandos”.

Lula nomeou para ministérios gente que deveria estar banida da vida pública. O maior exemplo é o ministro Juscelino Filho, não passa um dia que não surja um malfeito dele dos tempos da Câmara dos Deputados. Até o TCU já o criticou, mas Lula continua fazendo ouvidos moucos e “dando” ao partido do qual faz parte, o União Brasil.  O UB só não consegue ser pior que o PL de  “Vardemar a pior” Costa Neto. Atualmente é presididdo por Antônio Rueda. Ele faz jus ao sobrenome, pois nos últimos anos comprou uma McLaren,  dois Porsches – licença para matar se estiver bêbado –, duas Mercedes-Benz, uma SUV Land Rover, uma casa e dois terrenos nas áreas mais valorizadas de Brasília. É amigão de 01.

Desde que assumiu a Presidência, Lula está nas mãos do Centrão de Arthur Lira. Quando consegue uma vitória, esta pode ser considerada como a de Pirro. Ontem, o Senado aceitou uma ponderação do ministro da Economia Fernando Haddad – cujo grande defeito é estudar – e concordou em retirar do absurdo projeto do Perse, aquele para ajudar os que não deveria e deixou de lado as escolas – a correção do valor pela inflação durante sua vigência. Representou um diminuição de R$ 2 bilhões no gasto sem sentido  de dinheiro público, mas restaram R$ 15 bi de prejuízo.

Lula declarou tempos atrás ter lido muito enquanto esteve preso. Algum dos livros deve ter sido um de diplomacia ao contrário. Negociou a desoneração da folha de pagamentos das prefeituras com o presidente do Senado, perdeu e recorreu ao STF. Levou uma traulitada de Rodrigo Pacheco presidente da Casa. Foi um recebe diferente, um dando mais problema do que havia.

Vem mais troca espúria pela frente.

O governo propôs um mercado de pagamento de emendas parlamentares relacionando investimentos federais a projetos de interesse do Executivo quando mandou o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 ao Congresso.

 No texto consta que a indicação das emendas para investimentos do governo federal devem ser liberadas mais depressa e antes  do que a das emendas dos congressistas. No caso há uma inversão, o Congresso dá primeiro e, então, recebe.

É certo que não é fácil ser presidente de um país em que a maior parte dos partidos existe justamente para que a máxima franciscana deturpada prevaleça, mas o atual governo especializou-se em fazê-la não funcionar. Deu, deu, deu e só perdeu, perdeu, perdeu.

 “Você lembra da minha voz?

Continua a mesma. Mas os meus cabelos…”. “Biscoito ou bolacha começa com A. Aymoré”. “É hora do lanche, que hora tão feliz. Queremos biscoitos São Luiz!”. “Drops Dulcora, a delícia que o paladar adora”.  O Gigante Amaral, que anunciava as Cestas de Natal Amaral. “Sim, você perguntaria, cadê a minha Variant?!”. “Bonita camisa, Fernando!”. “Falou arroz, falou Brejeiro!”. “Estrela brasileira de Norte a Sul, iluminando o céu azul… Varig, Varig, Varig!”. “Só Esso dá a seu carro o máximo…”. O 477 da Casa Zacharias de Pneus. “Já é hora de dormir, não espere mamãe mandar:

Odiava o anúncio, me mandava pra cama. Na época, os programas não começavam na hora. Passava um seriado, “Lanceiros da Índia”, não conseguia ver até o fim, só ficava sabendo no dia seguinte quando algum colega de escola contava… “Quem bate? É o frio!

E o anúncio do Café Seleto, com a mais linda trilha sonora de todos os tempos – snif snif snif, lágrimas me vêm aos olhos:

Pode ser a explicação das cataratas que tenho nos olhos que deverão ser eliminadas em “em futuro próximo vindouro” como se escrevia outroramente.

A idade dos anúncios varia entre 30 anos, os mais recentes, e 70, os da minha infância. Será que alguém se lembrará no mês que vem dos sem pé nem cabeça de hoje em dia?

 Brasileiros e brasileiras

 Deu pau no meu notebook, perdi quase tudo que havia escrito. Salvaram-se somente a abertura, pois já havia enviado para dar dor de cabeça ao meu amigo Benjamim Cafalli, estava salva em “Enviados” no gmail e o texto que trata dos anúncios,  salvo em arquivo separado.

 Olhando do lado positivo, bom para vocês, menos bobagens para ler. Reler aquele brogue, por exemplo, só a pedidos da Sharon Stone e olhe lá. Ou da Rita Hayworth à época de alguns dos anúncios mencionados acima…

 (CACALO KFOURI)

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( terça que vem tem mais)…

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