O giro de Cacalo hoje aponta a greve do Fato online, supostos suspeitos e outras verdades e muitos erros

boxA convenção do PSDB (28) para a escolha de quem será o candidato à prefeitura de São Paulo confirmou o resultado do “nós contra eles”, não existe mais diálogo, não existe mais o direito de discordar, de pensar diferente, não há mais partidários, existem hordas de gente paga (segundo denúncias cada vez mais indesmentíveis) para apoiar este ou aquele. São coxinhas, petralhas, pixulecos, acarajés, metrolecos. E nós no meio, assistindo à cafajestada geral. Vai ser impossível não votar em branco ou não anular o voto nas próximas eleições.

Lula – e depois Dilma – sempre alardeou que foi o governo dele que deu independência à Polícia Federal. Parece que não gostou… Vamos ver no que vai dar a troca do ministro da Justiça. O  novo, escolhido por Jaques Wagner, ex-governador da Bahia, foi procurador-geral de Justiça no governo dele e acusado de não ter tocado várias ações contra quem o nomeou . E pra completar a esbórnia, o ex-advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, vai trabalhar no escritório de advocacia envolvido no caso da compra pela Petrobras da usina em Pasadena.

Existe um velho ditado que reza “Não se deve cutucar a onça com vara curta”. Algo me diz que foi isso que fizeram com a Polícia Federal ao trocar o ministro da Justiça pensando que ele vai interferir nas investigações. O tiro vai sair pela culatra…

Será que sobrará botox no mundo de Marta Suplicy e dona Marisa continuarem a se desfigurar com o uso abusivo da substância?

Ao que parece, o que mais cresce no país é a cara de pau. O site brasiliense Fato Online – de vez em quando publico umas barbaridades que saem nele – está quebra não quebra. Os pagamentos estão atrasados desde novembro de 2015. Eis a proposta que o dono fez ao jornalistas, que não aceitaram e entraram em greve por tempo indeterminado:

Antes de entrarmos em greve, recebemos duas contrapropostas que vão aos píncaros do absurdo. Na primeira, nos sugeriram virarmos “sócios cotistas” do Fato Online: pela proposta, aceitaríamos deixar pra lá o passivo que temos e passaríamos a receber como “pro labore” dois terços dos salários previstos nos nossos contratos a partir daí e possível participação nos lucros. Mesmo assim, não seria uma proposta para todos, porque o empresário, Sílvio Assis, admitia que tinha errado na gestão da empresa, tinha dado um “passo maior que as pernas” e precisaria agora fazer uma “reestruturação” para tornar a empresa mais “realista”. Ou seja, estávamos sendo convidados a assumir uma dívida que não criamos. E devíamos ainda ficar felizes por isso.

Na segunda proposta, não viraríamos sócios, e o passivo seria pago em “dez vezes”, a partir do dia 20 de março! (…) Penso que o Fato Online se torna um dos mais – senão o mais – veementes exemplos da atual crise do jornalismo. Alguns dos melhores jornalistas do país aceitaram sem maiores questionamentos o convite de um empresário desconhecido para tocar um projeto. Da parte que coube a esses jornalistas, um sucesso. Conquistamos quatro prêmios de jornalismo no ano passado. O site Comunique-se considerou, no final do ano, o Fato Online o principal acontecimento jornalístico de 2015. (…). Chega, assim, ao fim esse sonho, essa ilusão. A todos os que acompanham o Fato Online, informo que, a partir de agora, toda a sua produção de conteúdo não passa de material comprado da Agência Estado. Estamos todos – sem exceção – em greve. Quem achar que vale a pena ler ali conteúdo que não é próprio, pode seguir. Os demais, provavelmente entenderão logo que vale mais ir à fonte primária.

O jornalismo vive uma grave crise. É preciso refletir muito sobre ela.
No mais, somos uma centena de profissionais em busca de emprego. Quem quiser nossos currículos…

(do Facebook de um dos grevistas)

o vou perder tempo – nem o meu, nem o do leitor – pois os que estão mantendo a página no ar são tão ruins que erram até ao transcrever o material que estão usando.

(CACALO KFOURI)

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No Estadão

O rei da improvisação

Um projeto (mal feito)(XXX)(malfeito)(*), portanto.

(*) Está adjetivando o projeto. Se fosse “um projeto que foi mal feito” seria adverbiando, separado (e sem hífen).

Jogo frio

Quero dizer que o único estádio do Rio de Janeiro, apesar de (*) (Pan americano)(XXX)(Pan-Americano)(**), Copa e preparativos da Olimpíada

(*) O uso do “de” antes de Pan desobriga a fazer contrações a seguir, se tivesse usado do Pan, obrigatoriamente seriam “da” Copa e “dos” preparativos.

(**) Acho que os articulistas e cronistas do Estadão deveriam acrescentar uma cláusula aos seus contratos; “Editores, não mexam nos meus textos!”.

Por zika, potências olímpicas se previnem

Obs.: – Por zika é qualquer coisica, hein?

Os (XXX)(*) Estados Unidos, principal potência olímpica, foi um dos primeiros a se manifestar sobre o fato.

(*) Se usar “os” tem de ir tudo no plural. Os EUA são, EUA é.

Lobo Solitário

Apesar (XXX)(Por causa, graças à)(*) da imprudência, registrou cenas marcantes.

(*) Caramba, apesar??? Só conseguiu porque foi imprudente. Repórter fotográfico medroso não consegue nada.

E o prêmio de ator vai para… Leo

(Ao invés)(XXX)(Em vez)(*) do Oscar de melhor ator coadjuvante, a premiação começou este ano pelos Oscars de roteiro.

(*) Segundo o escriba, melhor ator coadjuvante é o antônimo de roteiro… Qual será o antônimo de Oscar, Mané?

Republic Airways tinha encomendas da Embraer

A Republic Airways possuía(!!! tinha)(*) encomendas remanescentes

(*) “Imagina acertar duas vezes, estraga minha média!”

Rota mata acusado (???) de crime que motivou chacina

O suspeito(???) era procurado desde o ano passado depois de ter supostamente (???) participado do assassinato do PM Oliveira.

(???) Não tô falando que o S. no nome do jornal é de Suspeitão? Quer dizer que o suspeito, que no título é chamado de acusado – decidam, caramba – supostamente participou? Bom, se o suspeito supostamente participou, é um suposto suspeito, né mermo?

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Na Folha

Maioria é contra aborto até em caso de microcefalia

Obs.: Isto não é tema pra pesquisa, é decisão individual. É pura perda de tempo.

Obras no sítio em Atibaia custaram mais de R$ 1milhão

Cifra, em valores atualizados, é revelada por fornecedores e interlocutores de construtora que trabalhou no local

Obs.: – É só a reportagem na rua, fazer jornalismo como outrora, que sai coisa.

Troca de mensagens põe em xeque isenção de fiscais da Stock Car

Obs.: – Tá tudo podre, não se salva nada pelo jeito.

Spotlight Vence

Dirigido por Tom McCarthy, “Spotlight” tem Mark Ruffalo e Michael Keaton em trama inspirada em caso real: o trabalho dos jornalistas investigativos do “Boston Globe”

Obs.: – Spotlight é o nome do grupo que trabalhou na investigação. O jornal não parou por aí, aumentou o número de jornalistas que fazem parte do time. O filme ganhou um Oscar em 2016, o jornal, um Pulitzer em 2012. Quem sabe isso acorde a nossa imprensa ao verem que vale a pena não desistir do verdadeiro jornalismo?

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No Comunique-se

Com 25 filmes publicitários, TV Cultura apresenta campanha com personalidades

Assinada pela Heads Propaganda, a iniciativa é um dos maiores projetos realizados pela emissora em seus 46 anos de existência. A ação contempla 25 filmes publicitários, que mostrarão depoimentos espontâneos sobre as memórias particulares que personalidades convidadas têm sobre o canal.

A campanha será divulgada na TV Cultura, em veículos impressos e mídias sociais.

Obs.: – De que adianta se vai passar na própria TV? Quem já vê não precisa disso, quem não vê, continuará não vendo, porque não vê a TV… Veículos impressos e mídias sociais? Funciona? A Heads também não está cobrando? Ou está, isso não é jogar fora nosso rico dinheirinho? No interior de São Paulo isso tem nome, soltar o rojão e ir buscar a vara.

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No Blog do Gois

 

No mais

Do jornalista Maurício Menezes, (…): — O patrulhamento político está tão rigoroso, mas tão rigoroso, que tenho medo de votar em branco e ser acusado de racista.

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2 thoughts on “O giro de Cacalo hoje aponta a greve do Fato online, supostos suspeitos e outras verdades e muitos erros

  1. Cutucando o Cacalo. Na coluna “A casa caiu”, de Carlos Brickmann:
    “Um deputado é julgado pelo Supremo, não por Sérgio (XXX) Moro.”

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