tumblr_static_tumblr_static_5qr7en3t5cg8g0g800o8s44go_640Há alguns anos, a jovem estudante de Direito Alzira Helena Caramuru Teixeira foi convidada para dirigir o Departamento Feminino do Centro Acadêmico 11 de Agosto. Concordou – mas quis saber quem dirigiria o Departamento Masculino. Poucos entenderam: Departamento Masculino era todo o Centro Acadêmico, com exceção do setor luluzinha.

Esse caso resume o que penso sobre Dia da Mulher: ou todos os dias são Dia da Mulher, ou uma mulher representa 1/365  de um homem. Também não acredito nessas coisas de “mulher vota em mulher”. Mulher vota em quem quiser. Nem nessas bobagens de “lugar de mulher é na cozinha”. Há homens que cozinham muito melhor.

Mas, se fugirmos um pouco da frescurite, dos bombons (também quero!), das flores, dos cumprimentos prefabricados, há um bom motivo para comemorar o Dia da Mulher. Em 8 de março de 1857, mulheres em greve numa tecelagem de Nova York entraram em greve. Como represália, foram trancadas na fábrica, que pegou fogo. Calcula-se – nem o número exato se sabe – que 130 tenham morrido. Em parte por serem grevistas, o que era muito mal visto; mas, principalmente, por serem mulheres, que não sabiam qual era seu lugar. Por isso as colocaram no cemitério.

Vale refletir, vale pensar. Vale lembrar. Não vale festejar.

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