Largou bem o Verdão. Coluna Mário Marinho

Largou bem o Verdão

Foi um passeio e uma bela apresentação do Palmeiras na vitória sobre o Atlético Paranaense, 4 a 0.

Isso mostra que o técnico Cuca soube aproveitar bem os dias passados na cidade de Atibaia, pós a precoce eliminação na Libertadores.

Tudo correu bem para o Verdão: maior número de gols marcados na primeira rodada, artilheiro do campeonato (Gabriel de Jesus, dois gols ao lado de Grafite, do Santa Cruz), melhor público e melhor renda da rodada.

Me informa aqui o site Sr. Gol que o jogo do Palmeiras teve 33.629 pagantes com a renda bruta de R$ 2.078.159,34 (de onde saem esses centavos?). Em segundo lugar ficou o Corinthians com 31.533 pagantes e renda bruta de 1.627.511,00.

Outro jogo de boa renda foi a vitória do Santa Cruz sobre o baiano Vitória, 4 a 1: foram 20.038 pagantes com a renda de R$ 250.150,00.

A média de público, entretanto, não foi assim tão espetacular: 12.614 por jogo. Lamentavelmente, o meu América, além de perder para o Fluminense, 1 a 0, ainda contribuiu para baixar a média de renda: apenas 1.955 pagaram para assistir ao jogo no Independência, em Belo Horizonte.

Eu pergunto: cadê a nossa massa?

Aliás, quem marcou o gol do Fluminense foi o Fred, artilheiro revelado exatamente pelo meu América. O tal destino é muito brincalhão.

O número de gols marcados na rodada também foi fraco: média de 1,4 gols por jogo, apenas 14 gols em 10 jogos. Desses 10 jogos, três terminaram sem gols (Corinthians e Grêmio, Figueirense e Ponte Preta, Internacional e Chapecoense).

Veja a comparação abaixo dos últimos 10 anos:

2006 – 18 gols e dois 0 a 0

2007 – 39 gols e nenhum 0 a 0

2008 – 26 gols e um 0 a 0

2009 – 25 gols e nenhum 0 a 0

2010 – 27 gols e um 0 a 0

2011 – 24 gols e nenhum 0 a 0

2012 – 18 gols e dois 0 a 0

2013 – 26 gols e um 0 a 0

2014 – 16 gols e três 0 a 0

2015 – 28 gols e um 0 a 0

Bom, não foi um com começo, mas é apenas um começo. Um pouquinho de calma vai bem.

Cauby Peixoto

Cauby Peixoto - junho de 1956
Cauby Peixoto – junho de 1956

Assim que li a notícia sobre a morte de Cauby Peixoto, aos 85 anos, logo me lembrei de minha irmã Marina que é fã do Cauby desde que ela se entende por gente.

Perto da nossa casa, lá em Belo Horizonte, no bairro Parque Riachuelo, havia até fã clube do Cauby que era liderado pela Lídia.

Acho que a Marina não chegou a fazer parte do fã clube nem mesmo se descabelava, mas era fã do Cauby.

Lembro-me que muitos anos depois, Marina já casada, nós os irmãos (éramos oito ao todo) toda vez que víamos o Cauby na televisão, ligávamos para a Marina.

– Liga aí a televisão em tal canal!

Marina, paciente, respondia.

– Já me ligaram umas 10 vezes. Tô aqui assistindo, uai.

Em meados dos anos 50, quando a rádio Nacional do Rio de Janeiro dominava o mercado e a audiência com suas radionovelas, seu programas de auditório tipo César de Alencar, humorístico tipo Balança mas não cai, e seus ídolos do rádio como Emilinha, Marlene, Francisco Alves, Orlando Silva e outros, os galãs eram Cauby Peixoto e Francisco Carlos.

Francisco Carlos - em junho de 1956
Francisco Carlos – em junho de 1956

Francisco Carlos morreu em 2013, aos 75 anos, de um câncer.

Agora, foi a vez de Cauby Peixoto levado por uma pneumonia.

Em respeito ao Cauby e homenagem à minha irmã Marina, eis dois momentos do Cauby. No primeiro, ao lado de Roberto Carlos, em 1981, ainda com muita energia.

No segundo, ao lado de Rolando Boldrin, já bastante fraco e até esquecendo a letra da música. Vale a pena ver.

Com Roberto Carlos, 1981

https://youtu.be/rT09oP5s9ww

Com Rolando Boldrin,2013

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FOTO SOFIA MARINHO

Mario Marinho É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em livros do setor esportivo

A COLUNA MÁRIO MARINHO É PUBLICADA TODAS AS SEGUNDAS E QUINTAS AQUI NO CHUMBO GORDO.

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