xiii,deu ruim -corinthians

Xiii, deu ruim para o Timão. Blog do Mário Marinho

Mostrando sua total instabilidade, o mesmo time do Corinthians que, dias antes, venceu o Atlético no Mineirão lotado – e de virada – foi derrotado pelo Atlético Goianiense, 2 a 0, em jogo de ida pela Copa do Brasil.

O jogo de volta será daqui três semanas na Neo Química Arena, onde o Corinthians precisará vencer por diferença de dois gols para levar a decisão pela vaga para os pênaltis. Ou três gols para se classificar.

A impressão que eu tive do Corinthians ontem é que o time estava apenas cumprindo tabela ou se apresentando em um amistoso caça-níqueis.

Pouco se viu de empenho, de real gana, de tesão para alcançar a vitória.

Enquanto Cássio fez pelo menos duas defesas muito importantes, Ronaldo, goleiro do Atlético-GO teve uma noite de trabalho na mais santa paz. O primeiro tempo, então, foi ridículo, o Corinthians chutou apenas uma bola no gol adversário.

Pelo lado do Atlético, o time dava a impressão de estar jogando sua última chance, última oportunidade para viver. Foi um time bravo, focado que criou duas chances de gol – e converteu – e uma terceira que a bola tirou tinta na trave.

Lembrei-me de um caso para ilustrar a situação.

Em 1981 fui a Israel cobrir a Macabíada Mundial que é um evento que reúne atletas de origem judaica de todo mundo.

Foi a primeira vez que o futebol de salão participou dos jogos. Daí a presença do palmeirense Januário D’Aléssio, que Deus o tenha, na época presidente da Fifusa que era uma espécie de Fifa do futebol de salão.

O time brasileiro era imbatível. Ganhou a medalha de ouro vencendo todos os adversários por folgadas goleadas.

Dois garotos, um 14 e outro de 16 anos, irmãos, deram tremendo show de bola.

Eu assistia ao jogo ao lado do sempre elegantes Januário e chamei sua atenção para os dois garotos.

D’Alessio também se encantou com os garotos e foi conversar com os dois.

– Vou levá-los para o Palmeiras.

Alguns meses depois, encontrei-me com o D’Alessio em São Paulo e perguntei pelos garotos.

– Foi uma pena, mas não deu certo. Eles até tiveram chances, mas, não tiveram um bom desempenho.

– O que você acha que aconteceu, D’Alessio?

– É simples, os garotos não precisam de futebol. Eles chegavam no Parque Antárctica para treinar de Mercedez com motorista. Entravam para treinar contra garotos que haviam chegado a pé ou de busão. Moleques que vão na bola com a fome de quem vê ali um prato de comida e não sabe se terá outro prato mais tarde ou mesmo no outro dia. Você acha que eles iriam arriscar as ricas canelinhas?

Assim foi o empenho dos jogadores do Corinthians nessa noite.

Aliás, após o jogo, o técnico português do Corinthians, o Vitor Pereira, foi também por essa linha e não passou a mão nas cabeças de seus pupilos. Veja o que ele disse:

– A explicação deste jogo é muito simples: vi uma equipe a lutar em todos os duelos, jogando com a faca na boca e dividindo todos os lances; e a minha equipe não. A vitória contra o Atlético-MG nos fez mal, pois hoje jogamos de barriga cheia. Não lutamos por todas as bolas, estávamos sempre atrasados, eles foram sempre mais rápidos. Agora precisamos da determinação que eles tiveram aqui: faca na boca, sendo agressivos, jogar com fome. É a única forma de dar a volta a este resultado.

Como se vê, o português espinafrou geral.

Tropeço

Também no Rio

Empurrado por sua fanática torcida que sempre o acompanha, o Mengão entrou em campo como franco favorito contra o Athletico Paranaense.

Foi mais time o tempo todo, mas não conseguiu furar a ferrenha retranca armada pelo técnico Luiz Felipe Scolari (Ah! por que não fez isso naquele 7 a 1?).

Foram diversas as oportunidades criadas pelo Flamengo. Destaco duas:

A primeira foi uma bela jogada: Pedro tocou atrás para Gabigol que encheu o pé. A bola até passou pelo goleiro Bento, mas Khellven apareceu em cima da linha para tirar de cabeça.

A segunda foi quase uma repetição. Thiago Maia tocou atrás para Gabi, que novamente bateu forte, mas dessa vez a bola carimbou o travessão.

Ou, como disse aquele Mineirinho lá em Ribeirão das Neves, após seu time empatar em 0 a 0:

– Martelemo, martelemo, mais num marquemo. Empatemo.

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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