seleção broxante

Seleção broxante. Blog do Mário Marinho

seleção broxante

Imagina a seguinte cena.

Você é convidado para um almoço de alto nível, acompanhado de pessoas especiais e num restaurante muito fino.

Você se veste a caráter, veste roupa especial e até passa um bom perfume.

Aí você chega ao restaurante cheio de expectativa.

Espera ansioso pelos pratos.

Mas, à guisa de couvert, servem um pratinho com três ou quatro torradas de pão francês com cara de amanhecido.

Como você é paciente, deixa de lado as torradas, olha para o vinho e imagina um tinto da Borgonha ou, quem sabe, um Bordeaux de Mouton-Cadet, de cor granada profundo cintilante, apresenta ao nariz um forte aroma de frutas negras.

Mas, quando você aspira para formar o buquê sente forte cheiro de vinagre…

Não, não dá.

Aí você perde totó o apetite, perde o tesão, broxa.

Foi assim que eu me senti com o jogo da Colômbia e Brasil na tarde de domingo.

Ao fazer minha primeira entrada na transmissão do Jarbas Duarte (www.radiofutebol.com.br ) disse que minha expectativa era de um jogo bom, pois a Colômbia sempre teve um jogo parecido com o do Brasil: muita técnica, muita vontade de jogar.

Com o passar dos primeiros minutos, vi que o couvert que me estava sendo servido era bem mixuruca.

Dei um tempinho e esperei a bola chegar ao Neymar que hoje desfila seu futebol lá na terra do ótimo Bourdeaux de Mouton-Cadet.

Qual o quê!?! O vinho estava avinagrado.

Perdi o tesão. Broxei para aquele jogo.

O que acontece com o nosso futebol?

Há tempos nosso futebol não é mais o mesmo.

Os tempos de Pelé, Garrincha, Gylmar, Rivellino, Tostão, Carlos Alberto Torres ficaram num passado distante.

Assim como os tempos de Romário, Bebeto, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho, Rivaldo, Robert Carlos, do goleiro Marcos também estão no passado. Mais recente, é verdade, mas no passado.

Mesmo assim, nossa seleção não é tão ruim.

Dá para o gasto.

Mas o que se viu ontem foi ridículo.

Comentei no começo do jogo que, teoricamente, tínhamos um ataque forte, formado por Gabigol, Gabriel Jesus e Neymar. Todos acostumados a mandar a bola para as redes.

Não foi o que aconteceu ontem.

É claro que a Seleção vai se classificar e estará na Copa do Catar, mantendo a tradição de único país que esteve presente em todas as Copas.

Depois disso, quando a bola rolar, o que vai acontecer?

Seremos eliminados na primeira fase ou um novo 7 a 1 nos aguarda?

Não estou sendo alarmista ou pessimista, mas, sim, apenas realista. O que esperar de um time que passa a maior parte do tempo perdendo por 1 a 0 para a Venezuela, lanterna e saco de pancadas das Eliminatórias?

Ou que não consegue colocar em perigo o goleiro da Colômbia durante 90 minutos?

É… acho que o banquete do Catar não nos será muito propício.

O Galo

em voo de águia

No Brasileirão, o Atlético Mineiro vai abrindo vantagem sobre seus mais próximos perseguidores.

O Palmeiras, que sonhava fazer a tríplice coroa (ganhar a Copa do Brasil, o Brasileirão e a Libertadores) parece que já deu adeus ao Brasileirão, depois de ter sido eliminado da Copa do Brasil.

No fim de semana, levou sapatada do Bragantino, 4 a 2, em pleno Allianz Parque com a volta da torcida.

Volta parcial, mas o bastante para aplaudir nos primeiros momentos e vaiar sonoramente ao final do jogo.

Com a derrota e a vitória do Mengo (3 a 0, sobre o Fortaleza lá) o Verdão cai para a terceira posição. E o próximo jogo será contra um desesperado Bahia jogando em casa e dando o sangue para sair da Zona do Rebaixamento.

O Corinthians perdeu a chance de encostar nos líderes ao ser vencido pelo Sport, no sábado, em Recife.

Jogou muito mal. E quando o técnico é obrigado a colocar em campo o apático Luan para ver se reverte o placar, é porque as coisas estão mesmo muito ruins.

O Santos, jogando na Vila, deu um passo para fora da Zona do Rebaixamento ao vencer o Grêmio, 1 a 0.

Grêmio que não só se atolou na escorregadia ZR, é o vice lanterna, como também perdeu hoje o técnico Felipão e toda a comissão técnica.

Aliás, por falar nesse jogo da Vila, o presidente da República, que estava no Guarujá, disse que queria assistir ao jogo na Vila, mas, foi impedido por não ter o cartão de vacina, já que não tomou a vacina.

E choramingou:

“Por que esse cartão? Eu já tive covid. Tenho mais anticorpos do que os vacinados”.

Como é seu costume, lançou mais uma fake news, pois os cientistas afirmam que quem toma vacina produz mais anticorpos do que quem teve a doença.

E o Santos divulgou nota oficial dizendo que não foi procurado por ninguém ligado ao presidente sobre a possibilidade de ele comparecer à Vila.

Ele gosta de se fazer de vítima.

Veja os gols do fim de semana:

https://youtu.be/BS4PPH-FZmU

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
 NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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