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Onde estava esse São Paulo? Coluna Mario Marinho

Onde estava esse São Paulo?

Tenho certeza absoluta que nem o mais fanático dos torcedores do Tricolor contava encontrar um São Paulo como esse que venceu o River Plate no Morumbi.

É claro que todos os 50 mil torcedores que lá estiveram tinham esperanças. Mas, entre a esperança e a realidade, a distância é geossísmica.

Considerei normal aquele abafa dos primeiros minutos, já que o dono da casa precisava da vitória e era empurrado por sua torcida. Mas os primeiros minutos foram passando, passando, se alongando duraram todo o jogo.

Um São Paulo bravo, lutador, aquecido, muito diferente daquele time morno e cordato que se tem visto nos últimos dias.

O que o Tricolor mostrou não foi um padrão de jogo, mas sim atitude em campo, não só a vontade de ganhar mas, principalmente, a disposição de correr atrás da vitória.

Eu continuo tendo minhas restrições ao técnico Edgardo Bauza, mas gostei da rapidez de com que percebeu que o perigoso Dalessandro formava dupla com Mora, pela direita, envolvendo o lateral esquerdo Mena. Feito isso, mandou que Michel Bastos recuasse e ajudasse na marcação, acabando com o perigo por aquele lado.

Ganso voltou a ser um grande jogador de futebol: clássico, jogando limpo, criativo e somando-se a tudo isso uma raça como há tempos não se via.

Não fossem as oportunidades perdidas, o São Paulo teria saído do Morumbi com uma espetacular goleada. Não faria muita diferença para a classificação, mas seria uma lavada d’ alma para os torcedores.

O gol perdido por Alan Kardec é desses inexplicáveis para qualquer jogador, principalmente para centroavantes.

Já as duas chances perdidas por Centurión eu considero normais: ele é muito ruim.

Aliás, por falar em coisa ruim, o goleiro Denis, que não é ruim, falhou novamente em saída da meta. Goleiro é como um telegrama, uma carta registrada: saiu do gol tem que chegar na bola, não pode ficar no meio do caminho, ou leva o gol como aconteceu com o Denis.

Ganso e o argentino Calleri foram, em minha opinião, os nomes do jogo. Esse argentino, de certa forma, me lembra Luís Fabiano: tem o faro do gol. E da confusão também.

Veja os melhores momentos.

https://youtu.be/loTk3nabj-I

 Balanço

da Libertadores

No Grupo A, o São Paulo agora joga por um empate contra o The Strongest, em La Paz, para se classificar. O outro classificado deverá ser o River Plate que enfrentará o fraco Trujillanos.

No Grupo B, com o Nacional já classificado, o Palmeiras luta pela segunda vaga. E é uma luta difícil. Terá que vencer o uruguaio River Plate e torcer para que o Rosário perca o seu jogo para o Nacional. Se isso acontecer, o Verdão ficará com oito pontos, ao lado do Nacional e a vaga será decidida no saldo de gols.

No Grupo E, o Atlético Mineiro pega o Melgar que não ganhou de ninguém até agora. Goleada à vista. O Galo tem excepcional campanha, lidera o grupo com 10 pontos. Em segundo vem o Independiente de Valle também com 10, mas perde no saldo de gols.

No Grupo F, Touluca e Grêmio já estão classificados.

Outro Grupo com brasileiros é o H, onde o Corinthians já está classificado. Cerro Porteño e Santa Fé brigam pela segunda vaga.

 O Barça, quem

diria, dançou.

O outrora imbatível Barcelona está fora da charmosa Champions League.

Sabe aquele toque de bola, aquela posse de bola que ultrapassa os 70%? Pois, continuam os mesmos, mas vitória que é bom, neca.

O Atlético de Madri soube como deixar a bola com o Barcelona sem deixar que o trio MNS, Messi, Neymar e Suarez, chegasse ao gol.

Durante a semana, no campeonato espanhol, o Barcelona perdeu para o Real Sociedad que é apenas o nono colocado na competição.

É claro que o Barça não desaprendeu, mas, seus jogadores parece que entram em campo enfadonhos, de saco cheio, e tratam do jogo como mera questão burocrática.

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Tudo isso numa embalagem muito bonita, bem ilustrada.

Ah!, os autores entendem do riscado: Sílvio Natacci e Mário Marinho(*).

 

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FOTO SOFIA MARINHO
MARIO MARINHO

Mario Marinho É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em  livros do setor esportivo

A COLUNA MÁRIO MARINHO É PUBLICADA TODAS AS SEGUNDAS E QUINTAS AQUI NO CHUMBO GORDO.

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(*) E, não por acaso, o nosso super colunista de Esportes!

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